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Transporte Terrestre

Empresas de ônibus rodoviários baixam valor das passagens

As empresas de ônibus interestaduais calculam que perderam, neste ano, 40% do faturamento anual

27/04/2020 15h19

Foto: Adamo Banzani

Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros – Abrati informou que as empresas de ônibus rodoviários decidiram baixar os valores das passagens diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Desta forma, as companhias já se preparam para retomar as operações, na expectativa da redução das medidas de isolamento social e liberação de viagens em todos os estados e municípios. No momento, o transporte rodoviário no país está operando para atender somente às demandas essenciais.

De acordo com a associação, enquanto aguarda a retomada das viagens, o setor regulado se prepara para oferecer um transporte rodoviário mais seguro e eficiente, principalmente enquanto perdurarem os riscos de transmissão do coronavírus.

Higienização

As empresas informaram que estão investindo mais na higienização dos veículos e dos locais de atendimento ao cliente. “Queremos que o passageiro se sinta seguro ao retomar a agenda de viagens para realizar seus deslocamentos necessários de trabalho, estudo, especialmente os clientes que trabalham em serviços essenciais”, afirmou, em nota, Letícia Pineschi, conselheira da Abrati.

Segundo Letícia, nas garagens, a cada viagem os ônibus são higienizados por dentro e por fora. A limpeza interna é feita em todas as superfícies e realizada com composto químico apropriado. Nos banheiros, o descarte de dejetos segue normas sanitárias rígidas e os reservatórios de água e sabão estão sempre abastecidos, conforme informado pela Abrati. Os dutos de ar-condicionado também são limpos e trocados periodicamente, segundo as empresas de ônibus.

“Para reforçar as medidas de higienização e dar maior segurança a colaboradores e passageiros, na proteção contra o vírus, as empresas disponibilizam álcool em gel para funcionários e clientes e estimulam o uso dos equipamentos de proteção individual para motoristas e pessoal de atendimento presencial ao passageiro, assim como informação e cuidados sobre o descarte correto destes equipamentos e o uso de tecnologias de desinfecção complementares, como o ozônio.”

Apoio ao Ministério da Saúde

A Abrati informou também que, desde o início dos casos de Covid -19 todos os processos de rotina foram reforçados imediatamente, “com providências para suprir locais de embarque com álcool em gel e adoção de outras medidas, como o afastamento dos funcionários de grupos de risco, que foram preservados dos ambientes coletivos”.

Além disso, a associação informou que o setor foi um dos primeiros a se colocar à disposição do Ministério da Saúde para compartilhar toda as informações sobre a doença e promover as ações de combate.

“Também ofereceram apoio ao Ministério da Infraestrutura, disponibilizando frota para o transporte de insumos e de trabalhadores da área médica”, esclareceu a Abrati.

As empresas também informaram que vêm estimulando o uso de máscaras de pano, que são reutilizáveis, para evitar o descarte incorreto e o lixo contaminado. Além disso, informaram fazer o monitoramento constante da equipe para evitar o contágio.

Números

O segmento rodoviário regular de transporte terrestre de passageiros representado pela Abrati compreende cerca de 80% do serviço realizado no país. É também o responsável pela geração de 60 mil empregos diretos, sendo 15 mil só para motoristas.

Por ano, o setor transporta mais de 50 milhões de passageiros e emite em média 2,2 milhões de passagens, além da oferta de 4,8 milhões de gratuidades ao ano.

Por conta da crise do novo coronavírus, as empresas de ônibus rodoviários interestaduais calculam que perderam, neste ano, 40% do faturamento anual, o que representa em torno de R$ 2,8 bilhões dos R$ 7 bilhões previstos para 2020.

Fonte: Diário do Transporte