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Gestão

Fábricas de refrigerantes estão com falta de matéria-prima

Segundo a Afrebras, plantas regionais e pequenas/médias empresas são as mais afetadas

25/11/2020 07h35

Foto: Divulgação

A escassez de matéria-prima preocupa empresas do setor de fabricação de refrigerantes. Segundo a Afrebras, a associação que representa este ramo, fornecedoras de insumos essenciais reduziram a produtividade no começo da pandemia, comprometendo os estoques durante a retomada nas plantas da ponta da cadeia. O problema afeta principalmente as indústrias regionais e pequenas/médias empresas.

Sócio-diretor da gaúcha Cyrilla, Luiz Marquezán relatou ao Portal de Bebidas Brasileiras que a falta de garrafas de vidro não-retornáveis impactou na produção do principal produto da empresa. “A falta da matéria-prima começou há 90 dias e vem se intensificando por agora. A gente entra na programação, mas temos que torcer para que eles [fornecedores] cumpram com o pedido”, disse.

Diretor-executivo da fábrica Wewish, localizada em Barueri (SP), Roberto Lombardi afirma que o sinal de alerta foi ligado a partir do terceiro trimestre de 2020. De acordo com ele, a despreparação e carência de investimentos das indústrias brasileiras no aumento da capacidade produtiva, ao longo dos últimos anos, também refletiu durante a pandemia.

“Esse problema só pode ser resolvido com investimentos para a ampliação da capacidade produtiva da indústria. Esses investimentos só virão com a resolução de gargalos sistemáticos que temos em nosso país, como insegurança jurídica, modelo tributário complexo e ineficiente, e grande volatilidade de preços, ativos e indicadores, que inviabiliza cenários de mínima previsibilidade de médio ou longo prazo”, sugere o diretor da Wewish.

Em São Paulo, a indústria Bebidas Conquista antecipou pedidos a fornecedores estratégicos. “Começamos a receber notícias de fornecedores sobre possíveis faltas de insumos em meados de setembro”, lembra o diretor Celso Botega. O CEO afirmou que algumas entregas atrasaram. “As indústrias de embalagens, e entre outras matérias-primas, ficaram sem tempo necessário para encontrar pessoal, reabastecer seus estoques e dar continuidade no abastecimento das fábricas”, pondera Botega.