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Gestão

Fábricas param e pedem auxílio no Rio Grande do Sul

Dentre as empresas, estão Tramontina, John Deere, Gerdau, GM e Braskem

09/05/2024 13h54

Fábrica da GM em Gravataí - Foto: Divulgação

As chuvas no Rio Grande do Sul provocaram paralisação de diversas fábricas. As empresas também pediram ao governo medidas emergenciais, como a redução de jornada de trabalho e salários, solução contra demissões adotada durante a pandemia. O Ministério do Trabalho e Emprego já anunciou que os depósitos do FGTS pelos empregadores gaúchos serão suspensos durante quatro meses. Também será liberado aos trabalhadores atingidos pelo desastre climático o saque emergencial do FGTS.

A Tramontina concedeu férias a cerca de 4 mil funcionários dos setores produtivos de duas fábricas em Carlos Barbosa, a 200 quilômetros de Porto Alegre, onde a empresa produz talheres, cooktops, coifas, fornos e lava-louças.

Segundo a Tramontina, funcionários de setores administrativos e comerciais seguem trabalhando com equipes reduzidas.

A fábrica da GM em Gravataí, que produz o Onix, estendeu a paralisação até sexta-feira (10). A John Deere está com operações suspensas desde o dia 2 nas fábricas de Montenegro (de onde saem tratores agrícolas), Porto Alegre (equipamentos de construção) e Canoas (pulverizadores agrícolas).

No polo petroquímico de Triunfo, a Braskem parou as unidades produtivas como medida preventiva. A siderúrgica Gerdau paralisou atividades em Charqueadas e Sapucaia do Sul. Já na fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo, as operações em Caxias do Sul foram retomadas, com as áreas administrativas ainda trabalhando remotamente.

Peças

O presidente do Sindipeças, Claudio Sahad, disse que o problema mais sério ocorre em Porto Alegre. “Não acredito que faltarão componentes para as montadoras. Se houver paradas, serão pontuais e rápidas.”

Já o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, relatou que existe preocupação das montadoras sobre a possibilidade de faltar peças. Leite ponderou que a situação do Sul pode impactar o desempenho da indústria automotiva, considerando também o peso do mercado gaúcho.

Fonte: O Estado de S. Paulo