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A alta dos combustíveis tem afetado não apenas o transporte terrestre, mas também as companhias aéreas, que têm sentido um salto no valor do querosene de aviação.

A empresa aérea brasileira de baixo-custo a Gol Linhas Aéreas divulgou os resultados não-auditados do seu último semestre de 2022 e mostrou um panorama de como a empresa está se recuperando após a pandemia.

Segundo a companhia, o custo por assento-quilômetro voado no último trimestre do ano passado foi de 35 centavos, que é 2% maior que o último trimestre de 2021, sendo o principal fator de aumento o custo do combustível.

Nos últimos três meses de 2021 a empresa gastou R$ 724 milhões de reais com o querosene de aviação, valor que saltou para R$ 1,67 bilhão no ano passado, resultando num aumento de 130% no gasto direto com o combustível, que foi amenizado pelas reduções de ICMS trazendo um aumento final de 81,8% no montante.

A constante subida do dólar, moeda em que o combustível é negociado, foi um dos fatores que acelerou essa disparada no gasto com querosene, que ainda assim foi aliviada pela troca de aeronaves 737 NG pelo 737 MAX, o qual é mais econômico e gera uma redução média de 7,3% no consumo horário da companhia.