30/09/2025 09h17
Foto: Divulgação
O Ministério dos Portos prorrogou o contrato de arrendamento transitório da JBS Terminais no Porto de Itajaí. O aditivo foi assinado e terá validade de até dois anos ou até a realização do leilão definitivo do terminal, programado para o primeiro semestre de 2026 — prevalecendo o que ocorrer primeiro.
O Ministério afirmou que a decisão garante a continuidade das operações e alinha o contrato transitório ao modelo de concessão planejado para o longo prazo. O projeto está qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e prevê, portanto, a gestão unificada das áreas do porto por meio de um único arrendamento.
O contrato também estabelece remuneração por metro quadrado e por contêiner movimentado. Esse contrato, de acordo com o governo federal, aumenta a arrecadação da autoridade portuária. A prorrogação ainda considera a liberação de novas áreas para movimentação de cargas e a previsão de novos investimentos da JBS no terminal.
O arrendamento transitório da empresa começou em dezembro de 2023, inicialmente sob a gestão da Mada Araújo. Em setembro de 2024, a titularidade passou para a Seara, do grupo JBS, que retomou a movimentação de contêineres após quase dois anos de paralisação. Desde julho, a companhia concentra todas as áreas operacionais do porto, em modelo autorizado pela Antaq e pelo Ministério dos Portos, que serve de piloto para a futura concessão.
Desempenho e investimentos
De outubro de 2024 até agora, a JBS Terminais ultrapassou a marca de 200 mil TEUs (unidade de medida de contêiner) operados em Itajaí. Apenas entre janeiro e julho deste ano, foram 168 mil unidades, com destaque para julho, que registrou 34.256 TEUs. A meta da empresa é, dessa forma, alcançar 44 mil contêineres mensais.
A JBS projeta ainda investimentos superiores a R$ 130 milhões no porto. O cronograma do Ministério dos Portos prevê o lançamento do edital do canal portuário ainda em 2025. Já o leilão do terminal deve ocorrer em 2026. De acordo com o Governo Federal este será um modelo considerado inédito no Brasil, já que separa a concessão do canal da operação do terminal.