19/07/2021 17h41
Foto: Divulgação
Pelo menos 621 voos foram cancelados este fim de semana de e para Portugal devido à greve de dois dias dos trabalhadores da Groundforce, a principal empresa que presta assistência em terra à aviação nos aeroportos portugueses. Dos 14 voo que sairiam do Brasil, somente 4 foram realizados.
A falta do pagamento de salários de uma só vez desde fevereiro e dos subsídios de férias e de outras anuidades contratualizadas esteve na base de uma paralisação que lançou o caos em particular no Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa.
Em ano de crise na aviação provocada pelo impacto da Covid-19 nas viagens, os grevistas exigem o pagamento integral pela Groundforce do salário de julho, após ameaça de não haver condições para o cumprir. A estimativa dos sindicatos aponta para um impacto da greve "muito superior aos €3 milhões" necessários para respeitar os direitos dos trabalhadores.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos garante que o organismo que lidera "não foi contactado por nenhuma entidade responsável, seja da Groundforce, seja da TAP", a companhia de aviação portuguesa que detém 49,9% da empresa de assistência em terra e que é visada como devedora de €12 milhões pela Pasogal, a empresa que detém 50,1% da Groundforce.
"Dois acionistas estão em guerra um com o outro: a Pasogal e a TAP com Governo por trás -- porque também temos de entender que não existe TAP, o que existe é Ministério das Infraestrutura e Pasogal -, com os trabalhadores no meio" disse o sindicato, sublinhando que desde sábado (17), esta guerra está a "fazer reféns os milhares de passageiros que ficaram sem voos e toda a disrupção que foi criada na comunidade aeroportuária nacional".
Fonte: Euronews