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Sustentabilidade

Há muito por fazer contra riscos da crise climática, diz ONU

António Guterres, secretário-geral da ONU, aponta 2021 como "ano decisivo para a ação coletiva"

24/02/2021 07h31

Foto: Divulgação

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que muito mais precisa ser feito para lidar com os riscos específicos da crise climática para as áreas da paz e da segurança internacionais. Ao falar em sessão sobre o tema no Conselho de Segurança, ele ressaltou a  necessidade de se limitar o aumento da temperatura global em 1.5 º Celsius até o final do século. 

Para Guterres, cabe à comunidade internacional proteger as pessoas e comunidades atingidas pelas mudanças climáticas e reforçar os preparativos. Ele citou quatro áreas prioritárias.  Em primeiro lugar, um foco maior na prevenção por meio de ações fortes e ambiciosas. Em segundo, Guterres considera serem necessárias ações imediatas para proteger os países, as comunidades e as pessoas dos impactos cada vez mais frequentes e severos. 

O secretário-geral defende um avanço na adaptação e resiliência aumentando de forma  drástica o nível de investimentos. Outra medida é cobrir as lacunas com mais apoio financeiro a países e comunidades com os piores impactos da crise climática. 

Engajamento  

Em terceiro lugar, Guterres pede a adoção de um conceito de segurança centralizado nas pessoas com o respeito pelos direitos humanos, especialmente os das mulheres. O reforço do Estado de direito, da inclusão e da diversidade devem ser observados para resolver a crise climática e criar sociedades mais pacíficas e estáveis. 

Em quarto e último lugar, o chefe da ONU diz que é preciso aprofundar as parcerias dentro e fora do sistema das Nações Unidas. 

Segundo Guterres, a crise climática “o desafio multilateral de nossa época”. O impacto já é sentido “em todas as áreas da atividade humana” e a solução “requer coordenação e cooperação em dimensão nunca vista”. 

Estados  

O apelo ao Conselho de Segurança é que use a influência dos Estados-membros para garantir o sucesso da Cúpula da ONU sobre o Clima, COP-26. Guterres pediu que a mobilização para  que cada setor possa fazer sua parte chegue a instituições financeiras internacionais e o setor privado. 

Após prometer “total apoio das Nações Unidas à presidência britânica da COP-26”, ele chamou a atenção para 2021 como “um ano decisivo para a ação coletiva contra a emergência climática”. 

A reunião na terça-feira (23), em Nova Iorque, foi liderada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.  Participaram o presidente Lazarus Chakwera do Malauí, representando os Países Menos Desenvolvidos, o chefe do governo de Antígua e Barbuda em nome dos Pequenos Estados Insulares e o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, em nome do Grupo de Amigos do Clima e Segurança. 

Foto: ONU News