31/08/2025 09h26
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A multinacional alemã Henkel anunciou que sua planta fabril em Itapevi (SP) passará a usar biometano como fonte de energia. A Ultragaz será responsável pelo fornecimento do gás renovável e pela instalação da infraestrutura necessária, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2026.
A mudança deve reduzir cerca de 500 toneladas de emissões de CO2 por ano em comparação aos níveis de 2024. A unidade consumirá aproximadamente 300 mil metros cúbicos de biometano anualmente, substituindo o gás natural tradicional.
A iniciativa integra a estratégia global da Henkel de reduzir emissões de gases do efeito estufa. A empresa se comprometeu a cortar 42% das emissões diretas (escopos 1 e 2) e 30% das indiretas (escopo 3) até 2030, seguindo critérios da Science Based Targets Initiative (SBTi).
Energia de aterro sanitário
O biometano utilizado será produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos do aterro sanitário de Caieiras (SP). Segundo as empresas, o combustível não CO2 durante o uso e ainda evita a liberação de metano na atmosfera - gás com potencial de aquecimento global 80 vezes maior que o dióxido de carbono.
"A adoção do biometano em Itapevi reforça nossa visão de integrar soluções de baixo carbono na operação fabril", disse Edmar Fialho, gerente da Henkel na planta.
Erik Trench, diretor de gases renováveis da Ultragaz, destacou o papel da empresa na transição energética industrial. "O biometano tem se mostrado uma alternativa segura e eficiente para esse desafio"
A Henkel tem como meta de longo prazo reduzir 90% das emissões absolutas até 2045, englobando desde processos produtivos até escritórios e frota de veículos.
Fonte: Exame