21/05/2025 08h47
Foto: Honda - Divulgação
A Honda, uma das principais montadoras do setor automotivo mundial, anunciou que irá reduzir em cerca de US$ 20 bilhões os investimentos previstos em veículos elétricos para os próximos anos.
A empresa japonesa justificou a medida pela desaceleração significativa na demanda por seus carros elétricos. Com isso, o montante destinado à estratégia de eletrificação da frota será de aproximadamente US$ 48,3 bilhões, valor inferior aos US$ 69 bilhões inicialmente projetados até 2031.
Na semana anterior, a Honda já havia adiado um projeto de US$ 11 bilhões voltado à produção de veículos elétricos no Canadá, citando vendas abaixo do esperado. A companhia também avalia a reprogramação do cronograma de construção de fábricas dedicadas exclusivamente a modelos elétricos.
Apesar do recuo nos aportes, a montadora mantém o compromisso com a eletrificação da frota como parte da meta de alcançar a neutralidade de carbono em seus carros de passeio no longo prazo. No entanto, afirmou que os veículos híbridos — que combinam motor elétrico e a combustão — terão um “papel central” durante o período de transição. Como consequência, a empresa pretende ampliar a produção desses modelos.
A Honda projeta elevar o volume total de vendas de automóveis até 2030 para um nível acima das atuais 3,6 milhões de unidades por ano. No entanto, reconhece que dificilmente atingirá a meta de que 30% dessas vendas sejam compostas por veículos 100% elétricos.
Outro movimento importante foi o encerramento das conversas sobre uma possível fusão com a Nissan. Em fevereiro, as duas empresas confirmaram oficialmente o fim das negociações. A Nissan rejeitou a proposta da Honda de torná-la uma subsidiária integral.
As tratativas começaram em dezembro do ano passado com a intenção de formalizar o acordo até o fim de janeiro, mas não avançaram após a proposta de controle total pela Honda. Apesar disso, ambas as montadoras seguem com a parceria tecnológica anunciada em agosto.