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Sustentabilidade

IBOPE: Brasileiros se preocupam (e muito) com o meio ambiente

A pesquisa mostra que para 72% dos brasileiros a questão ambiental pode prejudicar severamente a geração atual

12/03/2021 09h40

Foto: Divulgação

Uma nova pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência e encomendada pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade – ITS Rio revelou que a população brasileira é de modo geral muito mais consciente e preocupada sobre as questões ambientais do que pode parecer – e do que é indispensável boa parte das políticas ambientais do país na atualidade. A pesquisa foi realizada em parceria com o Programa de Comunicação de Mudança Climática da Universidade de Yale (Yale Program on Climate Change Communication), nos EUA, e confirmou que para a vasta maioria dos brasileiros (92%) a questão ambiental é uma realidade e está acontecendo – e que, para 72% dos participantes, pode prejudicar severamente a geração atual.

Intitulada “Mudanças Climáticas: a Percepção dos Brasileiros”, uma pesquisa contou com a participação de 2.600 pessoas com 18 anos ou mais de todas as regiões do Brasil através de explora, realizada entre 24 de setembro e 16 de outubro de 2020. De acordo com o levantamento, quatro em cada cinco brasileiros compreendem que as queimadas na Amazônia prejudicam a imagem do país para o resto do mundo, e 78% acredita que este quadro pode prejudicar as relações comerciais do Brasil com outros países. 90% dos brasileiros concordam que o fogo na Amazônia é uma ameaça ao meio-ambiente, e 92% afirma que as queimadas prejudicam a qualidade de vida das pessoas.

Outra posição levantada pela pesquisa – e que contraria bastante a tendência das atuais políticas ambientais relativas no país – surpreendeu ao apontar que 77% dos brasileiros acham que, ainda que introduziu reduzir o crescimento econômico, proteger o meio-ambiente é mais importante. Igualmente 77% da população enxerga a ação humana como a causa principal das queimadas na floresta – e, quando perguntados quais outros motivos provocam o fogo na Amazônia, as causas mais citadas foram os madeireiros (76%), agricultores (49%), pecuaristas (48%) e garimpeiros (41%).

Uma das mais relevantes tendências confirmadas pela pesquisa IBOPE Inteligência foi o impacto que a posição ambiental de políticos pode vir a ter sobre a própria votação em valor, assim como para os hábitos de consumo da população. De acordo com uma pesquisa, 42% dos brasileiros já votou em algum candidato por conta de sua posição e propostas para a defesa do meio-ambiente, e 59% dos brasileiros deixou de comprar ou usar algum produto que prejudicava a natureza e a saúde ambiental do planeta.

O cenário apontado pela pesquisa confirma a necessidade urgente de que tanto o cenário político quanto as empresas e a produção de produtos reduzam suas pegadas de carbono e se comprometem com alternativas que amenizem o impacto da ação humana atual. Um exemplo eficaz é a opção sem token MCO2, que reúne maior estoque de créditos de carbono da história. Cada token representa uma tonelada de crédito de carbono, e serve justamente como empresas compensarem suas pegadas de CO2.

“A atual política ambiental do Brasil nos isola no cenário internacional e pode nos custar empregos e atrasar nossa recuperação pós-Covid. O Brasil caminha na direção contrária do que geração dos investidores e líderes internacionais, bem no momento em que o mundo se realinha para combater o problema das mudanças climáticas”, afirmou Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.