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Gestão

Indústria eólica precisará de quase 600 mil técnicos até 2027

Instalações devem saltar para 1,5 TW de capacidade nos próximos anos

16/10/2023 10h09

Foto: Divulgação 

Relatório do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, em inglês) estima que, até 2027, serão necessários cerca de 574,2 mil técnicos especializados para atuar no setor – adicionando mais um desafio para a expansão das instalações ao redor do mundo.

Mais de 80% da contratação desses profissionais deve ocorrer em dez países: Austrália, Brasil, China, Colômbia, Egito, Índia, Japão, Quênia, Coreia do Sul e EUA. No Brasil, o GWEC aponta para demanda de 12,3 mil técnicos.

Até ao final de 2027, a capacidade eólica deve alcançar aproximadamente 1,5 terawatts (TW), mais do dobro do nível anterior à pandemia de Covid-19.

Inovação tecnológica e as previsões de rápido crescimento do mercado eólico offshore levaram o GWEC a prever um aumento de 17% no número de técnicos eólicos necessários para comércio e indústria e O&M entre 2023 e 2027.

Esse crescimento exigiria 84,6 mil técnicos adicionais para apoiar a expansão da energia eólica. E mais 159,2 mil pessoas para substituir os técnicos que deverão sair naturalmente da indústria eólica no período analisado.

Isso significa que, em média, o segmento vai precisar que o número de técnicos aumente em 48,8 mil por ano, de 2023 a 2027. Quase 43% deles serão novos na indústria.

“Uma força de trabalho forte e uma cadeia de abastecimento saudável serão cruciais para o crescimento colossal da capacidade eólica nesta década. É vital que a crescente força de trabalho receba as ferramentas de formação adequada”, comenta Ben Backwell, CEO da GWEC.

Ao mesmo tempo, as empresas precisam garantir ambientes de trabalho seguros, saudáveis e inclusivos, para atrair colaboradores qualificados.

“Sem uma força de trabalho qualificada e sustentável para a energia eólica, a transição energética não se materializará a tempo”, completa Backwell.

Offshore acelera

De acordo com o relatório (.pdf em inglês), a contratação de especialistas eólicos crescerá mais rapidamente no mar (79% maior em 2027 em relação a 2022) em comparação com onshore (12% maior em 2027 em relação a 2022).

Até 2027, 87% dos técnicos estarão trabalhando onshore, principalmente (e cada vez mais) no segmento de operação e gestão.

Empregos concentrados

Levantamento da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, em inglês) publicado no final de setembro mostra que a indústria de renováveis aumentou em um milhão o número de vagas criadas no ano passado, e hoje conta com 13,7 milhões de trabalhadores ativos.

O segmento – que inclui eólica, solar, hidrelétrica e biocombustíveis – está atraindo investimentos crescentes, o que leva à criação de empregos em um número de países cada vez maior.

No entanto, segue a tendência de anos anteriores, com 41% das vagas concentradas na China.

Brasil, União Europeia, Índia e Estados Unidos são os outros principais mercados. “Juntos, eles representam a maioria das instalações de capacidade global e desempenham papéis importantes na fabricação de equipamentos, engenharia e serviços associados”, destaca a IEA..

Na média global, a energia solar fotovoltaica (PV) foi mais uma vez a maior empregadora em 2022, alcançando 4,9 milhões de empregos, mais de um terço da força de trabalho total no setor das energias renováveis.

Geração hidrelétrica e biocombustíveis mantiveram as estimativas próximas a 2021, com cerca de 2,5 milhões cada, seguidos pela energia eólica com 1,4 milhão de empregos.

Fonte: epbr