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Economia

Ipea: deflação para quase todas as faixas de renda em setembro

Apenas os brasileiros de alta renda perceberam uma alta de 0,08% no preço dos produtos e serviço

14/10/2022 08h48

Foto: Divulgação 

Quase todas as faixas de renda no país registraram deflação em setembro, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Apenas os brasileiros de alta renda, com vencimento familiar superior a R$ 17 mil, perceberam uma alta de 0,08% no preço dos produtos e serviços, em comparação com o mês anterior.

Segundo o estudo, as demais classes de renda apresentaram deflação, com taxas variando entre -0,35% para a classe média e -0,21% para a população com renda muito baixa, com rendimento familiar inferior a R$ 1,7 mil.

A deflação para a maioria das faixas de renda no Brasil foi puxada pela queda no preço dos ‘alimentos e bebidas’, com uma retração de 0,86%, e dos ‘transportes’, influenciada pelo barateamento de 8,3% da gasolina e de 12,4% do etanol.

Segundo o Ipea, o grupo ‘comunicação’ também teve impacto para a deflação. Isso porque o preço dos serviços de internet caiu 10,6% em setembro.

O combo de telefonia, internet e televisão por assinatura (-2,7%), além dos planos de telefonia fixa (-1,1%) também registram uma retração no custo, aponta a pesquisa.

Por outro lado, os grupos ‘habitação’ e ‘saúde e cuidados pessoais’ sofreram altas de preços e impediram um recuo ainda mais significativo da inflação em setembro.

Os destaques negativos ficaram pelo reajuste dos aluguéis (0,67%), do gás de botijão (0,92%) e da energia elétrica (0,78%).

O resultado é mais prejudicial para as três classes de renda mais baixa, já que peso desses itens é maior na cesta de consumo dessas faixas.

Já os aumentos dos planos de saúde (1,1%) e dos serviços de hospedagem (2,9%) e pacote turístico (2,3%) pressionaram a inflação das três faixas de renda mais elevada.

Com a deflação registrada nos últimos três meses pelo IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação acumulada em 12 meses ficou em 7,62% para a população de renda muito baixa, 6,99% para as pessoas de renda média e 8,01% para a classe de renda alta.

Fonte: CNN