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A ITA Trasporto Aéreo ou simplesmente ITA Airways iniciou oficialmente suas operações nesta sexta-feira (15) com o voo ITY1637, entre as cidades italianas de Milão (LIN) e Bari (BRI), durante a madrugada.

Ao mercado, foi também apresentada a pintura das aeronaves da nova companhia, onde o azul predominará. Nas primeiras semanas, elas ainda voarão com a logo da Alitalia, mas assim que as unidades forem substituídas, conforme acordo efetuado com a Airbus no fim de setembro, o novo padrão será utilizado.

“Não arrastamos a herança negativa de dimensões muito grandes. Não devemos ter sonhos de grandeza ou ambição de provar nada a ninguém. Devemos mostrar aos contribuintes italianos, que são nossos acionistas, que estaremos atentos ao uso que fazemos de seu capital”, segundo o presidente da ITA, Alfredo Altavilla.

A nova companhia adquiriu o direito de uso da marca Alitalia por € 90 milhões (R$ 573 milhões), mas ela não será utilizada. Os novos gestores desconversaram sobre o assunto, dizendo apenas que o novo nome adotado ‘olha para o futuro’.

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Último voo da Alitalia decola para encerrar 75 anos de história

O último voo da história da Alitalia, maior empresa italiana de aviação civil, decolou de Cagliari, na Sardenha, às 22h36 (horário local), da quinta-feira (14). Com meia hora de atraso, o avião partiu do sul do país com destino ao aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma.   

O voo AZ 01586, com cerca de 180 passageiros a bordo, pousou em menos de uma hora de viagem, encerrando assim uma história de 75 anos. O comando da aeronave ficou a cargo do piloto Andrea Gioia, 55 anos, que acumula 15 mil horas de voo e treinou na escola da companhia.   

“Senhoras e senhores, antes de mais nada, queria agradecer-lhes por nos terem acompanhado durante estes 75 anos. Hoje é o nosso último voo da Alitalia e de coração muito obrigado por sempre voarem conosco e por confiarem em nós”, diz a mensagem de saudação da hostess Laura Canto, em um vídeo publicado em sua página no Facebook, ressaltando a “honra de fazer o último anúncio do voo”.   

Além de ser o último da companhia, o voo também assume um valor ainda mais simbólico porque é a última viagem “tricolore” com a Sardenha, onde somente a Alitalia operava. Agora, a transportadora espanhola low cost Volotea garantirá as ligações dos três aeroportos locais com Roma e Milão, oferecendo descontos para os residentes da ilha.   

Uma breve história da Alitalia

Foi em 5 de maio de 1947 que a história da Alitalia começou, com uma decolagem na rota Turim-Roma-Catânia, seguida dois meses depois do primeiro voo internacional de Roma a Oslo. 

Três anos depois, chegam os DC4 e são introduzidas as refeições quentes. 

Dez anos depois, a Alitalia cresce, torna-se Alitalia – Linee Aeree Italiane, uma empresa com 3.000 funcionários e 37 aeronaves que sobe no ranking internacional do 20º para o 12º lugar dentre as melhores do mundo. 

Em 1960, se torna a companhia oficial das Olimpíadas de Roma e transporta mais de um milhão de passageiros pela primeira vez. 

Em 1969 o icônico “A Tricolor” é inserido em sua pintura dos aviões.

Nos anos 80 a frota é renovada e em 1991 os uniformes e interiores trazem a assinatura de Giorgio Armani. Nos anos noventa, porém, as primeiras dificuldades surgiram, graças à liberalização do transporte aéreo e a uma série de escolhas erradas que aumentaram as perdas. 

Em 2008, para evitar a venda para a Air France-KLM, foi criado um consórcio de empresários italianos, os chamados “bravos capitães”, mas a aventura não durou muito. 

Em 2015 a Etihad tenta novamente, mas nem mesmo o rico investimento árabe de 1,7 bilhão de dólares consegue evitar a recuperação judicial, que começa em 2 de maio de 2017 e chegou até os dias atuais, quando sucumbiu de vez em meio à pandemia.