05/12/2023 13h26
Foto: Ilustrativa
A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas recuou de 43,3% para 42,2% ao ano de setembro para outubro, informou o Banco Central nesta terça-feira (5).
Essa foi a quinta queda seguida do juro médio dos bancos, que levou a taxa ao menor patamar desde dezembro de 2022 (41,8% ao ano).
O juro foi calculado com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O recuo da taxa bancária acontece após o Banco Central ter começado a reduzir o juro básico da economia, a Selic, em agosto deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 12,25% ao ano após três cortes seguidos.
A taxa média de juros cobrada nas operações com empresas ficou estável em 22,8% ao ano em outubro. Este é o maior nível desde julho deste ano (23% ao ano).
Já nas operações com pessoas físicas, os juros caíram de 57,3% ao ano em agosto para 55,4% ao ano em setembro. É o menor patamar desde setembro de 2022 (53,8% ao ano).
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa ficou recuou de 133,9% ao ano no mês de setembro para 126,6% ao ano em outubro - menor nível desde janeiro de 2022 (125,7% ao ano).
Cartão de crédito rotativo
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo recuaram de 441,1% ao ano, em setembro, para 431,6% ao ano em outubro.
É o menor nível desde fevereiro deste ano (420,4% ao ano).
O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento.
Mesmo com a queda em outubro, o patamar da taxa rotativa de juros segue proibitivo, segundo analistas. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado e deve ser evitada.
A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.
Crédito bancário
O volume total do crédito bancário no mercado, segundo o Banco Central, teve alta marginal de 0,1% em outubro, para R$ 5,59 trilhões.
No mês passado, houve queda de 0,8% nos empréstimos para as empresas, para R$ 2,18 trilhões, e aumento de 0,8% nas operações de crédito para as pessoas físicas – para R$ 3,41 trilhões, acrescentou a instituição.
Para as pessoas físicas, o BC informou que o aumento em outubro decorreu, principalmente, da expansão das carteiras de cartão de crédito à vista (+1,6%), financiamento para aquisição de veículos (+1,3%), crédito pessoal não consignado (+1,1%) e crédito pessoal consignado para aposentados e pensionistas do INSS (+1,2%).
Fonte: g1