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Economia

Juros médios do crédito pessoal sobem e chegam a 92,5% ao ano

Taxa passou de 5,56% ao mês, em dezembro do ano passado, para 5,61% ao mês em janeiro de 2021

11/02/2021 07h28

Foto: Divulgação

Está mais caro pedir crédito no Brasil em 2021. Mesmo com a manutenção da Selic (Taxa Básica de Juros) a 2% ao ano, anunciada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em janeiro, todas as linhas registraram alta na taxa de juros no primeiro mês do ano. É o que aponta pesquisa divulgada pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) na quarta-feira (10).

O levantamento mostra que a taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,05 ponto percentual no mês (1,09 ponto percentual no ano). O montante correspondente a uma elevação de 0,90% no mês (1,19% em doze meses).

As elevações, segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente de estudos e pesquisas da Anefac, podem ser atribuídas a três fatores: Aumento dos juros futuros; expectativa de novas elevações da taxa básica de juros frente a uma inflação maior; e provável elevação dos índices de inadimplência.

Oliveira destaca que a probabilidade no aumento da inadimplência segue alguns aspectos: Fim das carências nos empréstimos (suspensão da pausa e carência nas negociações de dívidas); desemprego elevado; fim do pagamento dos auxílios emergenciais; aumento da inflação e seus efeitos na renda; e maior seletividade dos bancos na concessão de crédito.

CDC

A maior elevação, de 1,52%, foi registrada na linha CDC para o financiamento de veículos. A taxa passou de 1,32% ao mês (17,04% ao ano) para 1,34% ao mês (17,32% ao ano).

É a maior taxa registrada desde agosto de 2020, quando chegou a 1,36% ao mês (17,60 ao ano).

Cheque Especial

A modalidade sofreu uma elevação de 1,14%, passando a taxa de 7,02% ao mês (125,72% ao ano) para 7,10% ao mês (127,76% ao ano).

A taxa é a maior desde junho do ano passado quando atingiu 7,11% ao mês (128,01% ao
ano).

Cartão de crédito

Linha subiu taxa em 1,08%, passando de 11,07% ao mês (252,50% ao
ano) para 11,19% ao mês (257,10% ao ano).

A taxa é a maior desde abril de 2020 quando estava em 11,20% ao mês (257,48% ao ano).

Empréstimo pessoal nos bancos

Houve alta de 1,27%, passando de 3,14% ao mês (44,92% ao ano) para 3,18% ao mês (45,59% ao ano).

É a maior desde junho do ano passado. Na ocasião, a taxa 3,21% ao mês (46,10% ao ano).

Empréstimo pessoal nas financeiras

A elevação da taxa na modalidade foi de 0,65%, passando de 6,17% ao mês (105,13% ao ano) em dezembro/2020, para 6,21% ao mês (106,06% ao ano) em janeiro de 2021.

É a maior desde junho de 2020 quando era 6,24% ao mês (106,76% ao ano).

Comércio

A alta foi de 0,43%, passando de 4,64% ao mês (72,33% ao ano) para 4,66% ao mês (72,73% ao ano). A taxa é a maior desde agosto do ano passado: 4,68% (ao mês) e 73,13% (ao ano).

Juros médios x Selic

A pesquisa aponta que se considerarmos todas as elevações e reduções da Selic promovidas pelo Banco Central de março de 2013 a janeiro deste ano, houve uma redução 5,50 pontos percentuais (72,41%) na taxa básica de juros.

No período, a Selic foi de 7,25% para 2% ao ano.

Em contrapartida, a taxa de juros média para pessoa física sofreu uma elevação de 4,54 pontos percentuais (5,16%) no mesmo período, passando de 87,97% ao ano para 92,51% ao ano.

Fonte: R7