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Transporte Aquaviário

Klabin assina contrato de exploração no Porto de Paranaguá

Meta é criar cerca de 300 empregos diretos e indiretos

28/02/2020 11h18

Foto: Divulgação

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assinou com a empresa Klabin, produtora e exploradora de papéis para embalagens, o contrato para exploração do terminal de contêineres PAR 01, localizado no Porto de Paranaguá (PR) – o segundo maior do país, perdendo apenas para o de Santos (SP), e o maior porto graneleiro da América Latina.

O terminal foi arrematado pela Klabin em leilão que ocorreu em agosto de 2019, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). O terminal será usado para a movimentação e o armazenamento de celulose e cargas em geral pelo prazo de 25 anos. O local era um galpão antigo que estava em desuso. A expectativa é que a empresa invista R$ 87 milhões no empreendimento, gerando cerca de 300 empregos diretos e indiretos.

“Estamos assinando um arrendamento de um terminal portuário que vai gerar investimento e emprego aqui no porto, mas que é parte de um todo. No final das contas, o investimento no arrendamento portuário e em terminais é o finalzinho da cadeia. Tem todo um investimento por trás que este ano supera em R$ 18 bilhões”, disse o ministro durante a assinatura do contrato entre Klabin e governo federal.

Leilões

Freitas explicou que empreendimento como esse dão confiança a investidores e, consequentemente, gera empregos no país. “Ano passado foi o ano que tivemos mais leilões de arrendamento portuário na história. Fizemos 13 leilões. Observem que eles têm a outorga mínima de R$ 1, porque não é nosso interesse arrecadar com isso, mas gerar investimentos. Geramos, em outorgas, mais de R$ 800 milhões. Geramos bilhões de investimentos no setor portuário.

Segundo o ministro, os 13 leilões de arrendamento portuário, feitos no ano passado, e a assinatura de 29 contratos de adesão para terminais privados resultaram em um total de R$ 3,3 bilhões em investimentos apenas no setor portuário.

“Tivemos vários portos aumentando receita, diminuindo despesa e batendo recordes de movimentação, como foi o caso de Santos, com R$ 134 milhões de toneladas e Paranaguá, com 53 milhões de toneladas. É um setor que renasce, porque está indo na direção correta e porque temos gestões técnicas e profissionais em todos os portos”.

O ministro acrescentou que por volta do meio do ano outros cinco terminais portuários deverão ser leiloados. “Quatro no Porto de Itaqui e o PAR 20 aqui de Paranaguá. Faremos o cardápio de terminais portuários para grãos e também para líquidos. Os dois maiores leilões de terminais de líquidos vão acontecer em breve. Um em Santos e outro em Paranaguá. A gente terá uma competição sadia”.

Porto de Paranaguá

O Porto de Paranaguá é um dos mais importantes do Brasil e a principal rota de escoamento da produção da Klabin no Estado, que terá aumento nos volumes de exportação com o início da operação do Projeto Puma II, em construção. A área arrematada compreende 27.530 m², com prazo de concessão de 25 anos, podendo se prorrogar por mais 45. “O novo terminal logístico trará eficiência operacional de longo prazo para a Klabin, garantindo altos níveis de produtividade logística e adição de competitividade aos produtos da empresa. Nossa presença nos mercados globais será ainda mais robusta e ágil”, afirma Sandro Ávila, diretor de Planejamento Operacional, Logística e Suprimentos.

O Terminal possui conexões viárias e ferroviárias, e o projeto do armazém acomodará novos ramais ferroviários para descarga, que permitirão a transferência de fardos para caminhões que seguem para o carregamento dos navios. Ao todo, estão previstos investimentos de cerca de R$ 130 milhões, que serão realizados até 2022. Com os aportes, o novo Terminal poderá atingir a capacidade de movimentar 1,2 milhão de toneladas de produto por ano, e terá característica híbrida, operando celulose em fardos e bobinas de papel.

Operação em Paranaguá

Desde 2016, a Klabin mantém uma Unidade de Logística de Papel e Celulose no Porto de Paranaguá, projetado para atender a produção da Unidade Puma, fábrica da companhia localizada em Ortigueira (PR), única do país a produzir celuloses branqueadas de fibra curta, fibra longa e fluff, na mesma planta. A Unidade de Logística possui capacidade de movimentar 1 milhão de toneladas de matéria-prima anualmente e somará sinergias com a nova área arrematada.