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Gestão

KPMG: fusões e aquisições no Nordeste têm queda de 35%

Rio Grande do Norte Alagoas e Paraíba foram os estados que tiveram bom desempenho

08/09/2025 13h52

Foto: Divulgação

O número de fusões e aquisições realizadas por empresas do Nordeste caiu mais de 35% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo intervalo de 2024. De janeiro a junho de 2025, foram efetuadas 33 operações contra 52 transações, no respectivo período. O estudo é feito trimestralmente pela KPMG com 43 setores da economia.

O levantamento, do primeiro semestre deste ano, envolveu nove estados da localidade. Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte foram os três que apresentaram resultados positivos em transações. Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Sergipe tiveram um recuo no quantitativo de negócios fechados no período e Piauí se manteve estável.

"Os investimentos realizados pelas empresas no Nordeste foram impactados pelas questões fiscais e altas taxas de juros, além da discussão geopolítica global. Isso acabou tendo reflexo em grande parte dos negócios na região. Apesar disso, alguns estados conseguiram se manter atraente para os investidores", analisa o sócio líder de mercado regional da KPMG, Ray Souza.

Das 33 operações realizadas no primeiro semestre deste ano na Região Nordeste, 20 foram domésticas, 12 por companhias estrangeiras adquirindo capital de outra estabelecida no país (tipo CB1) e 1 foi de brasileira comprando, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior (tipo CB2).

Brasil: queda de 5% e maior participação estrangeira

As empresas brasileiras realizaram 739 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano. Esse número representa uma queda de quase cerca de 5% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram concretizados 776 negócios. O estudo apontou ainda que houve um aumento na quantidade de transações em que investidores estrangeiros compram empresas brasileiras. No primeiro semestre deste ano, foram 199 operações contra 178, no intervalo equivalente de 2024, um acréscimo de quase 12%. O mesmo movimento aconteceu nas operações em que organizações brasileiras adquiriram outra estabelecida no exterior, passando de 47, nos primeiros meses do ano passado, para 58 este ano (23%).

"De forma geral, o cenário de fusões e aquisições permaneceu estável, apesar de questões globais geopolíticas e fiscais no mercado interno. E esses dois tipos de negociações sustentaram o número de transações realizadas este semestre. Por outro lado, as operações domésticas, envolvendo apenas investidores brasileiros, tiveram uma queda, apontando que o mercado interno sofreu uma pequena retração no período, ocasionado pelas altas de juros e discussões fiscais", finaliza o sócio Paulo Guilherme Coimbra.