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Logística

Log investirá R$ 3,5 bi em novos galpões logísticos pelo País

O investimento está previsto no quadriênio 2025-2028 e contempla 22 potenciais praças

22/10/2023 10h55

Foto: Log - Divulgação 

A Log Commercial Properties, uma das principais desenvolvedoras e locadoras de galpões logísticos do Brasil, vai investir R$ 3,5 bilhões em novos ativos pelo País entre 2025-2028. Parte desse valor, R$ 2,8 bilhões, deve ser originado pela reciclagem de outras unidades da empresa. A intenção é entregar dois milhões de metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL) nesse período, o que representaria um incremento de 70% no total das áreas da companhia em relação ao final de 2024.

O plano de crescimento futuro foi apresentado pelo CEO da Log, Sérgio Fisher, em um evento com investidores na última semana. Conforme o planejamento, a distribuição geográfica dos ativos que serão construídos contempla 22 potenciais praças onde a empresa já possui operações. Entretanto, ele não detalhou quais serão os estados e cidades que receberão os empreendimentos.

“Vamos investir em 22 regiões do País. É importante enfatizar que já temos projetos em todas. Sabemos a absorção, o tipo de modulação, o tipo de setor que está absorvendo, o volume de absorção por ano. Quando modelamos esse projeto, consideramos isso: o que podemos entregar em cada praça, o volume e a velocidade de entrega”, disse o executivo na ocasião. 

De acordo com Fisher, um terço dos empreendimentos será destinado ao Sudeste, outro terço para o Nordeste e o restante será dividido entre as outras regiões, sendo que o Centro-Oeste receberá 20%, o Sul, 15%, e o Norte, 3%. Segundo ele, todos os locais possuem região de consumo relevante, e são praças com, pelo menos, um milhão de habitantes.   

Galpões do “Todos por 1.5”  

Antes do próximo quadriênio, a empresa pretende aportar outros R$ 850 milhões para concluir o plano “Todos por 1.5”, lançado em 2020, e que prevê a construção de 1,5 milhão de m² de galpões logísticos. Conforme o executivo, ainda restam 700 mil m² para ser entregues, em 14 obras e duas regiões do Brasil. Dois empreendimentos já estão 100% locados e o ticket médio estimado para esse portfólio é de R$ 21 por m² para locação e uma margem bruta de cerca de 40%.

Para viabilizar o capex estimado para esses projetos, a Log deve continuar com sua estratégia de venda de ativos. Apenas em 2023, a empresa vendeu 11 empreendimentos, que totalizam 375 mil m² de ABL, e faturou R$ 1,2 bilhão. Foram vendidos galpões de todas as regiões, exceto o Norte. Em Minas Gerais, houve a transação do Log Contagem I, ativo com mais de 58 mil m² de ABL.

“Temos sentido um aumento da liquidez e da procura. Estamos vendo um movimento de fundos imobiliários mais líquidos voltando ao mercado. Investidores institucionais também estão buscando os ativos da Log. Temos sido cada vez mais abordados por esses players para compra, até porque temos sido bem enfáticos nessa estratégia de vendas e vamos continuar”, afirmou.

Teto da dívida líquida é R$ 700 milhões

Se somadas as vendas deste ano com as de 2022, a companhia recebeu cerca de R$ 1,6 bilhão. Ao todo, foram negociados 13 ativos, com 526 mil m² de ABL. A reciclagem foi um dos pilares para uma redução da dívida líquida da Log, que era de R$ 1,19 bilhão no terceiro trimestre do ano passado e, nos últimos 12 meses, caiu R$ 600 milhões. Sendo assim, o plano de crescimento da empresa tem a premissa de manter o teto desse déficit em R$ 700 milhões.

Vale dizer que, no segundo trimestre, apesar dessa redução significativa na dívida e o acúmulo de recursos com as vendas, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Log foi de R$ 70,4 milhões, queda de 52,2% em relação a um ano antes (R$ 147,4 milhões). E o lucro líquido chegou a R$ 44 milhões, recuo de 60,7% frente ao período anterior (R$ 111,8 milhões). No fim deste mês, a empresa apresentará os resultados do terceiro trimestre.