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Logística

Logística é essencial, especialmente agora

Para marcar a passagem do Dia da Logística, consultor afirma: “Logística não é tudo, mas tudo depende da logística”

06/06/2020 17h01

Foto: Divulgação

Hoje (6) comemora-se o Dia da Logística, data em que ocorreu possivelmente o maior movimento logístico aéreo e marítimo já conhecido na história que foi o desembarque das forças aliadas na Europa, ao término da II Guerra Mundial, também conhecido como o “Dia D”.

A logística pode ser definida como a estratégia empresarial que tem como objetivo principal atender à demanda dos consumidores finais, gerando valor para as organizações. Operacionalmente, a logística possui uma visão organizacional, onde está administra os recursos materiais, financeiros, pessoas e informação, onde exista movimento na organização, fazendo a gestão desde a compra, a entrada de materiais, o planeamento da produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando informações, ou seja, monitorando toda parte de entrega e recebimento de produtos e serviços na organização. Dessa forma, a sinergia entre logística e o transporte é fundamental para que o negócio apresente um bom desempenho e entregue valor ao usuário final.

Em artigo publicado no portal EnfoqueMS, Reinaldo A. Moura, fundador e diretor-presidente do conselho da IMAM Consultoria S/A, fez uma forte defesa do quanto a logística é essencial na vida moderna, especialmente nos difíceis dias que o mundo atravessa, explicando que com um total desequilíbrio entre oferta e demanda de todos os insumos nas cadeias de suprimentos, em especial com uma paradeira da maioria dos veículos de transporte, o abastecimento ao consumidor final na denominada "last mile", não ficou sem atendimento e passou a puxar todos os elos da cadeia.

Reinaldo salienta que os consumidores, impedidos de circulação no comércio, exceto para adquirir itens essenciais, passaram a fazer uso cada vez mais dos serviços de entrega porta-a-porta ou delivery, e o meio digital foi fundamental para isto. “A logística de entregas ao consumidor final ajudou muito a transformar em plataformas de "e-commerce" de todos os produtos, apoiando o isolamento da população, principalmente nos serviços de saúde, que sem o apoio da logística o apagão seria muito maior”, destacou.

E, reforçando a importância da logística no momento atual, ele lembra, no mesmo artigo, que ela contribuiu desde o primeiro instante no transporte de insumos para os hospitais, abastecendo desde as nações exportadoras aos centros de distribuição nacionais em verdadeiras operações de guerrilha, os navios deram preferência a cabotagem para garantir o abastecimento na costa brasileira, “sem prejuízo as exportações de safras agrícolas, que mantêm recordes de produção, aeronaves paradas em solo, cederam espaço nos assentos para o transporte de produtos sensíveis num abastecimento rápido as cadeias hospitalares”.

E acrescenta: “Dentro das fábricas e armazéns tudo começa a se transformar para o Novo Normal, e a logística está aí contribuindo, desde a higienização de caixas e embalagens com filmes plásticos, manuseios entre operadores distantes pelo menos 1,5 metro, paletização para transferência mecânica de cargas, enfim evitando-se o contato humano com o produto e os riscos de contagio e consequentemente propagação da contaminação.”

Reinado diz que apesar da queda no ritmo da economia, os galpões logísticos, que estavam com elevada taxa de vacância, ganharam novos inquilinos ou expandiram-se com os atuais, motivados pela descompressão e fluidez na separação e entrega dos pedidos. “Os ambientes estão sendo arejados e confinados em muitos casos para que as pessoas e empilhadeiras evitem cruzar os mesmos espaços. As rodas de empilhadeiras passam por superfícies molhadas para higienização e não transpor resíduos de um local a outro”.

Reginaldo ressalta que “todo cuidado é pouco”. Ele lembra que há semanas que uma segunda onda do Covid-19 na Coreia do Sul, teve origem num centro de distribuição. “Assim as devoluções (e qualquer atividade da logística reversa), e até mesmo trocas ou experimentação de roupas em magazines, sofrerão um novo protocolo de descontaminação com a reabertura do comércio rumo ao Novo Normal”.

Por fim, concluiu: “Haverá mais estoque "just in case" do que "just in time (excesso de inventários) nas cadeias de suprimento num retrocesso ao modelo da globalização com fontes únicas praticados nas últimas quatro décadas. Como se vê a logística não é tudo, mas tudo depende da logística”.