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Economia

Mercado de franquias fatura R$ 240,6 bi e cresce 13,8% em 2023

O número total de operações no Brasil atingiu 195.862, aponta ABF

13/02/2024 08h49

Foto: Divulgação

O mercado de franquias no Brasil consolidou sua recuperação e voltou a crescer em 2023, com o faturamento atingindo R$ 240,661 bilhões, variação nominal de 13,8% em relação a 2022 e, portanto, acima das projeções que apontavam um crescimento entre 9,5% e 12%.

Em relação a 2019 (período pré-pandemia), o crescimento foi de 28,9%. É o que mostra a mais recente pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Dentre outros fatores, o desempenho foi alavancado pelo forte resultado no 4º trimestre de 2023, no qual o setor registrou um crescimento nominal no faturamento de 14,2% (R$ 63,8 bilhões para R$ 72,878 bilhões).

Outros indicadores corroboram o avanço das franquias no País. O número total de operações no Brasil atingiu 195.862, 6,2% a mais do que no ano anterior. Novas marcas continuam a adotar o franchising como plataforma de negócios, com um total de 3.311 redes de franquia identificadas (crescimento de 7,6%), um recorde no histórico de pesquisas da ABF. Com isso, o setor totalizou 1.701.726 empregos diretos (expansão de 7,1%), outro recorde.

Além da melhora do quadro macroeconômico (inflação menor, retomada do emprego e PIB positivo), a Associação atribui este desempenho às melhores práticas e aprendizados aprimorados nos últimos anos (tanto em relação a processos, como no relacionamento com consumidores e dentro da rede), ao avanço da digitalização em várias frentes (a realização de negócios totalmente online já faz parte do dia a dia das franquias), à omnicanalidade e à adoção de novos formatos, em um ambiente de atividades e hábitos presenciais (e híbridos) consolidado, com destaque para eventos e a retomada do turismo.

Para o presidente da ABF, Tom Moreira Leite, “esses resultados mostram a capacidade de adaptação do setor, principalmente em relação à digitalização e ao ajuste de modelos de negócio. De outro lado, o desejo do consumidor por atividades sociais, principalmente eventos, encontros e confraternizações, movimentou o setor de forma geral, mas principalmente Alimentação e Turismo”, comenta.

“A capacidade de levar os mais diferentes serviços a diversas regiões do País também merece ser destacada. Não por acaso, cada vez mais marcas consideram o franchising como uma forma mais ágil e organizada de escalar seus negócios”, continua o executivo.

Moreira Leite pondera que alguns desafios, porém, permanecem, como equacionar os compromissos da pandemia, a pressão de custos, a dificuldade no acesso a crédito, a complexidade do ambiente de negócios no Brasil e dificuldades na contratação de mão de obra qualificada.

“Por isso, a urgência de avançarmos na agenda de reformas, sendo o novo sistema tributário brasileiro o foco do nosso advocacy, de forma que ele atenda às necessidades de um setor intensivo em mão de obra, que qualifica e requalifica o entrante no mercado de trabalho, assim como os que já estão inseridos nele. Defendemos também o reajuste do teto do Simples Nacional, de forma que o setor continue a gerar cada vez mais empregos e renda”, destaca o presidente da ABF.