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Logística

Mercado de self storage cresceu mais que o PIB brasileiro em 2024

Número de boxes saltou entre 4% e 9% ao longo do último ano; Asbrass prevê alta de mais de 10% anualmente até 2026

27/10/2025 07h29

Foto: Divulgação

O mercado de self storage segue em expansão acelerada no Brasil, crescendo em ritmo acima da economia nacional. O número de boxes disponíveis no país aumentou entre 4% e 9% ao longo de 2024 e, no mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 3,4%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a Associação Brasileira de Self Storage (Asbrass), esse crescimento foi impulsionado pela digitalização do consumo, avanço do e-commerce e mudanças nos hábitos das famílias. Para o fundador da Show Self Storage, You Box e Brasília Self Storage. Marcos Koenigkan, o crescimento está ligado à combinação entre conveniência, flexibilidade e mudança de comportamento.

“As pessoas passaram a valorizar o espaço e a organização. As empresas, por outro lado, buscam soluções mais ágeis, sem precisar investir em galpões próprios ou contratos longos”, explicou. “O self storage une as duas pontas: eficiência e economia.”

Mudanças no perfil do consumidor

Nos últimos anos, o modelo ganhou força não apenas entre pequenas e médias empresas, mas também entre famílias que vivem em apartamentos menores e precisam de espaço extra para armazenar móveis, documentos ou itens sazonais. Com o adensamento urbano e a elevação do custo do metro quadrado nas capitais, o serviço passou a ser visto como uma extensão funcional da casa ou do escritório.

Koenigkan observou que o perfil do consumidor também mudou. “O cliente atual é digital, busca autonomia e preza por segurança. Em muitos casos, ele contrata o serviço sem sair de casa, gerencia o espaço online e tem acesso 24 horas. Essa praticidade tem sido determinante para o avanço do setor”, ressaltou.

Futuro do mercado de self storage

Além da conveniência, o self storage vem se consolidando como um ativo para empresários e investidores. Os empreendimentos demandam gestão profissional, mas apresentam margens atrativas, fluxo de caixa previsível e alta resiliência a crises.

O modelo ainda tem grande espaço para expansão no Brasil, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste que seguem em crescimento. Projeções da Asbrass indicam que o número de unidades de self storage deve crescer acima de 10% ao ano até 2026, acompanhando o avanço do e-commerce e a busca das empresas por operações logísticas mais flexíveis.

“O setor está apenas no início de um ciclo de expansão. Acredito que veremos o self storage se consolidar como parte da infraestrutura urbana das grandes cidades brasileiras”, projetou Koenigkan.