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A mobilidade urbana sustentável é muito mais do que um conceito ambiental, é uma revolução nas cidades do futuro. À medida que a população mundial continua a se urbanizar, a maneira como nos deslocamos pelas cidades precisa evoluir.

O transporte, não deve ser apenas eficiente, mas também acessível, inclusivo e, acima de tudo, sustentável. Em um mundo que clama por soluções para os desafios climáticos, a mobilidade sustentável surge como uma alternativa para transformar nossas cidades em lugares mais equilibrados, de bem-estar e humanos.

Mobilidade urbana sustentável é uma forma de transporte que une acessibilidade e respeito ao meio ambiente. Não se trata apenas de reduzir a poluição ou de adotar carros elétricos — é sobre repensar completamente como nos movemos nas cidades, criando alternativas que atendam às necessidades de todos, de maneira adequada e ecológica.

Algumas soluções já implementadas em algumas cidades:

1. Abastecimento de veículos com combustíveis limpos e/ou renováveis: A exemplo de etanol, biometano, metanol verde, hidrogênio verde, eletricidade, dentre outros.
2. Transportes alternativos: Como bicicletas e patinetes elétricos, que não emitem gases poluentes e ajudam a diminuir o trânsito nas ruas.
3. Redesenho urbano: Um exemplo é um projeto criado em Paris chamado “cidades de 15 minutos”. A ideia é revisitar a estrutura da cidade e encurtar as distâncias para até 15 minutos a pé entre residências e serviços essenciais, como mercados e farmácias.
4. Integração modal: A ideia é oferecer um ecossistema de transporte público e privado formado por metrôs, trens, carros de aplicativos e outros veículos para criar conexões e otimizar rotas e ampliar a possibilidade de deslocamento.
5. Caronas compartilhadas: A ideia é unir pessoas de uma empresa que moram em locais próximos para aproveitarem um único veículo como meio de transporte. Isso ajuda a diminuir a quantidade de veículos em circulação.

À medida que as cidades crescem, a mobilidade urbana enfrenta uma série de desafios complexos que afetam diretamente a qualidade de vida dos cidadãos.

Entre os principais obstáculos, podemos destacar: congestionamento e emissões poluentes, espaço público e planejamento inadequado (principalmente pelo domínio dos veículos, reduzindo espaço para pedestres, ciclistas, ônibus nas cidades), transporte público lento e não integrado, baixa segurança no transporte público (afastando novos usuários), dentre outros quesitos.

Nenhuma mudança será bem-sucedida sem a participação ativa da população.

Aqui cabe ao poder público desenvolver e implementar campanhas educativas sobre os benefícios do transporte público, da bicicleta e dos modos de transporte sustentável e como eles podem contribuir para uma mudança cultural nas cidades, além de projetos e planejamento de melhoria do bom uso dos espaços para mobilidade urbana.

Os governos fazendo essas ações poderão corroborar para solucionar a má utilização do espaço público e o alto consumo de energia e recursos naturais.

A alta concentração de veículos nas ruas, por exemplo, aumenta a poluição, o risco de acidentes, os engarrafamentos e até alguns problemas de saúde advindos da qualidade do ar.

A mobilidade urbana sustentável não é uma opção, mas uma necessidade imediata para que nossas cidades se tornem mais resilientes, justas e modernas.

Com planejamento inteligente, políticas públicas de mobilidade eficazes e o envolvimento de todos os cidadãos, podemos transformar nossos ambientes urbanos em lugares mais humanos, acessíveis e ecológicos.

O futuro da mobilidade está em nossas mãos e ele é mais sustentável, rápido e conectado.

Sérgio Maia -  Consultor e profissional de Logística há 27 anos. s[email protected]

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