28/05/2025 08h52
Foto: Divulgação
A MRS Logística deu início à operação de transporte de café originado na região de Varginha, no Sul de Minas Gerais, por meio de uma solução multimodal, com destino aos portos de Santos e Rio de Janeiro. A operação, realizada em parceria com o terminal do TCI, já é uma realidade comprovada, mostrando que o transporte ferroviário é uma opção eficiente e vantajosa para o setor cafeeiro.
Essa operação multimodal oferece uma série de vantagens diretas para os produtores e exportadores de café, destacando-se pela redução de custos de até 30% em relação ao transporte exclusivamente rodoviário, além de maior capacidade de carga e agilidade no processo de entrega. A utilização da ferrovia também contribui para a sustentabilidade, com um potencial de redução de cerca de 47,9% na emissão de gases poluentes, dependendo da rota.
Outro ponto positivo é a maior segurança proporcionada pelo transporte ferroviário, que evita o trânsito em grandes centros urbanos, reduzindo os riscos de roubo e furto de carga. A gestão integrada entre os modais ainda permite maior flexibilidade no planejamento logístico e melhora a previsibilidade das entregas.
A MRS reafirma que a operação multimodal para o transporte de café tem se mostrado uma solução logística eficiente e bem-sucedida, gerando resultados positivos para os clientes e consolidando a ferrovia como um modelo competitivo para o setor.
Ferrovia no desenvolvimento da produção cafeeira
O papel das ferrovias no desenvolvimento do café no Brasil remonta ao século XIX, quando a construção das primeiras estradas de ferro foi crucial para o crescimento da produção cafeeira. A Estrada de Ferro Mauá, inaugurada em 1854, foi a primeira linha ferroviária do país, e seu objetivo principal era facilitar o transporte do café do interior para os portos. O uso das ferrovias não apenas acelerou o escoamento da produção, mas também permitiu que a cultura do café se expandisse para regiões mais afastadas do litoral, como o interior paulista e o Sertão.
Esse movimento foi determinante para a urbanização de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, além de impulsionar o desenvolvimento de outras localidades, como Campinas (SP). A conexão ferroviária entre as áreas produtoras e o Porto de Santos consolidou o Brasil como um dos maiores exportadores de café do mundo, e as ferrovias se tornaram um pilar fundamental da economia nacional.
Hoje, mais de 150 anos depois, o transporte ferroviário segue sendo um elemento estratégico para o escoamento do café, mantendo-se alinhado com a tradição e o legado histórico, ao mesmo tempo em que se adapta às necessidades logísticas contemporâneas.
"A operação multimodal para o transporte de café entre Varginha e os portos de Santos e Rio de Janeiro já demonstrou sua eficácia. Por ser uma carga de alto valor e requerer cuidados específicos no manuseio, o desempenho da operação foi excelente, cumprindo rigorosamente os prazos e condições acordadas com nossos clientes. Isso reforça nosso compromisso em oferecer soluções logísticas eficientes e seguras, alinhadas às necessidades do setor cafeeiro e à tradição ferroviária do Brasil", finaliza Marco Dornelas, Gerente Comercial na MRS.