20/08/2024 07h04
Foto: Divulgação
A MSC assinou contratos com dois estaleiros chineses para a construção de 24 grandes navios porta-contentores bicombustíveis, capazes de serem movidos a gás natural liquefeito (GNL). Os estaleiros Jiangsu New Hantong Heavy Industry (JNHHI) e Zhoushan Changhong International Shipyard (ZCIS) serão os responsáveis pelo projeto.
A Alphaliner indicou que a JNHHI construirá doze navios de 21 mil TEUs, enquanto a ZCIS cuidará de outros doze com capacidade de 19 mil TEUs. Estes pertencerão à classe Post-Neopanamax (PNPX), tamanho intermediário entre Neopanamax e Megamax (MGX).
Os navios de 21.000 TEUs da JNHHI contarão com um design de 23 baias e 23 fileiras e serão equipados com sistemas de contenção de GNL tipo C, otimizados para maior eficiência de espaço. Embora detalhes específicos sobre os navios de 19.000 TEUs da ZCIS não tenham sido revelados, eles também serão equipados com tanques de GNL Tipo C.
Esta encomenda de 24 unidades acrescenta 480.000 TEUs às encomendas da MSC, que ascendem agora a aproximadamente 1,68 milhões de TEUs. Presume-se que a entrega deles poderá ser programada para meados de 2027.
Os preços dos navios ainda não foram confirmados, mas a Alphaliner estima que os 19 mil TEUs poderão custar cerca de 210 milhões de dólares cada, enquanto os 21 mil TEUs rondariam os 222 milhões de dólares por unidade.
Mais navios, mais compactos
Além dos 24 navios porta-contêineres citados, a Alphaliner destaca que a MSC poderá estar negociando a construção de novos navios de entre 11 mil e 12 mil TEUs. A companhia marítima está em negociações com os estaleiros Jiangsu Rongsheng Heavy Industries e Penglai Zhongbai Jinglu Ship Industry Company para possíveis pedidos.
A medida estaria em linha com a recente estratégia da MSC de aproveitar as capacidades dos estaleiros que tradicionalmente não se especializam na construção de grandes navios porta-contentores, o que lhes permitiria obter datas de entrega mais cedo, uma vez que os grandes construtores estarão ocupados nos próximos anos.
Fonte: Mundo Marítimo