18/05/2025 11h28
Tenente (Médica) Jéssica atua no serviço de timão do Navio-Veleiro “Cisne Branco” - Foto: Capitão-Tenente Arthur Janeiro
Neste domingo, 18 de maio, celebra-se o Dia Internacional das Mulheres Marítimas, como forma de reconhecer e homenagear suas realizações, além de incentivar o ingresso e a permanência feminina no setor e fomentar o debate sobre igualdade de gênero.
Para celebrar a data, a Organização Marítima Internacional (IMO) realizou a cerimônia de entrega do prêmio “Igualdade de Gênero IMO 2025”, no último dia 16 de maio.
O secretário-geral da IMO, Arsenio Dominguez, ressalta que o tema escolhido para comemorar o dia este ano “Um Oceano de Oportunidades para as Mulheres” visa reconhecer o vasto potencial de inclusão, inovação e igualdade nas diversas áreas de trabalho do mundo marítimo, do convés à sala de reuniões, do cientista oceânico ao administrador marítimo. Enfatizou, também, que a educação, a mentoria, as políticas e a cultura derrubarão as barreiras que têm dificultado progressos na igualdade de gênero no setor marítimo.
Indicada pelo Brasil por sua contribuição na adoção de políticas e iniciativas voltadas à igualdade de gênero e por sua atuação na promoção de um ambiente mais inclusivo e equitativo no setor marítimo, a diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Flavia Takafashi foi uma das agraciadas com o prêmio “Igualdade de Gênero IMO 2025”, na categoria “Carta de Louvor”.
Ações da Marinha do Brasil em prol da inclusão
A Marinha do Brasil tem desenvolvido uma série de ações e políticas voltadas à valorização da mulher em suas fileiras. Desde a década de 1980, com a criação do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva, até os dias atuais, onde mulheres ocupam cargos operacionais e de comando a bordo de navios e em bases navais, o avanço tem sido contínuo.
Entre as iniciativas destacadas este ano, estão:
Segundo dados recentes da Marinha do Brasil, o efetivo feminino da força ultrapassa 10 mil militares, entre praças e oficiais, representando cerca de 9% do total do efetivo — um número que vem crescendo progressivamente. A participação das mulheres também se expandiu para áreas estratégicas como engenharia naval, ciências náuticas, logística de defesa e comando operacional.
A Marinha reafirmou seu compromisso com o fortalecimento de políticas de inclusão, visando o aumento da participação feminina em todos os níveis da carreira naval. O Almirantado ressalta que “a diversidade de gênero nas forças armadas é uma riqueza estratégica que precisa ser fomentada”.