31/03/2025 14h51
Foto: Divulgação
A presença de mulheres em cargo de liderança está avançando em um ritmo lento, apontam dados do LinkedIn. Brasileiras em posições de gerência são 31,8% em 2024, contra 28,5% em 2015 quando foi formulada pela primeira vez a pesquisa.
Globalmente, os números tampouco mostram um avanço robusto. Em 2015, as posições de liderança ocupadas por mulheres eram 27,5%. No ano passado, a taxa chegou a 30,6%. A pesquisa aponta ainda que mulheres eram 41,9% das forças de trabalho há nove anos, e são agora 43,4%.
Os dados apontam que na média global o crescimento das mulheres nestes cargos desacelerou. Desde 2021, o avanço foi de apenas 0,5 ponto percentual. No Brasil, o crescimento no período foi de 0,1 ponto percentual.
“Ao olharmos para o topo das organizações e analisarmos a presença feminina, vemos que o número de mulheres diminui drasticamente. Essa disparidade é ainda mais acentuada em setores como tecnologia e serviços financeiros, onde a diferença de gênero é mais marcante, com quedas de até 40% e 46%, respectivamente, ao longo da progressão de carreira”, alerta Ana Claudia Plihal, Head de Soluções para Talentos do LinkedIn Brasil.
Para a executiva, mudanças culturais nas empresas e ações diretas são necessárias para valorizar o trabalho que as mulheres já desempenham dentro das organizações.
A publicação do estudo, no entanto, acontece em um momento em que muitas empresas caminham na direção contrária. Após a eleição de Donald Trump, grandes companhias com atuação internacional anunciaram diminuições ou encerramento de seus programas de apoio à diversidade.
Mulheres na liderança em diferentes países
Ao comparar diferentes países, o Brasil ocupa a 29ª posição entre 74 monitorados. Países nórdicos e o sudeste asiático possuem em geral a maior representação, enquanto o Oriente Médio e o sul asiático concentram as piores.
Em primeiro lugar está a Finlândia, com 44,7% das posições de gerência ocupadas por mulheres. Seguem as Filipinas (43,6%), Jamaica (41,8%), Barbados (40,6%), e Trinidade e Tobabo (39,8%).
Já as menores proporções de mulheres na liderança foram registradas na Arábia Saudita (11,5%), Maldivas (10,2%), Paquistão, (11,6%), Blangadesh (11,8%) e (17,2%).
Veja o ranking completo:
# |
País |
Posições de liderança ocupadas por mulheres |
1 |
Finlândia |
44,7% |
2 |
Filipinas |
43,6% |
3 |
Jamaica |
41,8% |
4 |
Barbados |
40,6% |
5 |
Trinidade e Tobago |
39,8% |
6 |
Letônia |
38,5% |
7 |
Romênia |
38,1% |
8 |
Bahamas |
37,1% |
9 |
Colômbia |
36,4% |
10 |
Croácia |
35,5% |
11 |
Costa Rica |
35,1% |
12 |
Chile |
34,9% |
13 |
Estados Unidos |
34,7% |
14 |
Nova Zelândia |
34,2% |
15 |
Singapura |
33,9% |
16 |
Australia |
33,9% |
17 |
Equador |
33,8% |
18 |
Hong Kong |
33,5% |
19 |
Lituânia |
33,5% |
20 |
Uruguai |
33,5% |
21 |
África do Sul |
33,1% |
22 |
Peru |
33,0% |
23 |
Canadá |
33,0% |
24 |
Panamá |
32,9% |
25 |
Estônia |
32,9% |
26 |
República Dominincana |
32,4% |
27 |
Malásia |
32,4% |
28 |
Porto Rico |
32,0% |
29 |
Brasil |
31,8% |
30 |
Argentina |
31,6% |
31 |
Polônia |
31,5% |
32 |
França |
31,3% |
33 |
Bolívia |
31,3% |
34 |
Irlanda |
31,0% |
35 |
Reino Unido |
30,9% |
36 |
Itália |
30,9% |
37 |
Ucrânia |
30,7% |
38 |
Guatemala |
30,6% |
39 |
Portugal |
30,0% |
40 |
Quênia |
29,4% |
41 |
Espanha |
29,3% |
42 |
Holanda |
29,1% |
43 |
Noruega |
28,2% |
44 |
México |
28,1% |
45 |
Venezuela |
27,6% |
46 |
Suécia |
27,4% |
47 |
Ilhas Maurício |
26,9% |
48 |
Tchéquia |
26,9% |
49 |
Grécia |
26,6% |
50 |
Tunísia |
26,5% |
51 |
Bélgica |
25,9% |
52 |
Luxemburgo |
25,9% |
53 |
Chipre |
25,4% |
54 |
Suíça |
25,4% |
55 |
Israel |
25,3% |
56 |
Dinamarca |
25,2% |
57 |
Gana |
24,7% |
58 |
Malta |
24,0% |
59 |
Austria |
22,4% |
60 |
Marrocos |
22,4% |
61 |
Turquia |
21,9% |
62 |
Alemanha |
21,1% |
63 |
Emirados Árabes Unidos |
20,9% |
64 |
Bahrein |
20,4% |
65 < |