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Transporte Aquaviário

Navio atraca perpendicular ao cais no Porto de Paranaguá

A manobra foi do navio Maestro Universe, do tipo Ro-ro, no qual as cargas entram e saem rodando pelas rampas

06/09/2021 09h24

Foto: Portos do Paraná - Nájia Furlan

Na última sexta-feira (3), os trabalhadores que estavam a serviço no cais do Porto de Paranaguá pararam para ver o navio Maestro Universe atracar. Não foi o tamanho, nem o tipo de embarcação que chamaram a atenção, e sim a manobra e o jeito que “estacionou”: perpendicular à faixa primária, ou seja, atracou de popa para receber a carga.

“Fazia anos que não víamos atracação de popa por aqui”, comenta o conferente de capatazia Rubens Borges da Cruz, funcionário do porto desde a década de 1980.

O diretor de operações, Luiz Teixeira da Silva Júnior, explica que as características do próprio navio permitem essa flexibilização da operação. “Ele possui a rampa na popa, por onde a carga pode ser embarcada ou desembarcada”, afirma.

Segundo Teixeira, ao permitir a manobra, o Porto de Paranaguá mostra “toda versatilidade, atendendo às necessidades do mercado e, consequentemente, dos usuários”.

Foto: Portos do Paraná - Nájia Furlan

Operação

A manobra foi no berço 215, que fica logo na divisa com o Terminal de Contêineres. A operação foi da empresa Marcon, especializada no embarque e desembarque de carga geral, especialmente veículos, ônibus e projetos.

O navio Maestro Universe é do tipo Roll on - roll off (Ro-ro), no qual as cargas entram e saem rodando pelas rampas. Não é considerado grande; é um navio de 160 metros de comprimento (loa) por 22,31 de largura (boca).

A embarcação passa sempre pelo Porto de Paranaguá. Só neste ano, atracou cinco vezes, mas todas do jeito convencional – paralelo ao cais, com embarque e desembarque pela rampa na lateral.

Os grandes volumes de ônibus que vêm sendo embarcados desde o ano passado, inclusive, foi essa embarcação que carregou.

Foto: Portos do Paraná - Nájia Furlan

Carga

Como explicaram os representantes da operadora portuária, a atracação de popa foi necessária para o embarque de uma das cargas: grandes partes de uma usina de asfalto móvel (uma dessas com quase 20 metros) que seriam levadas até o porto de Luanda. Na África, faria transbordo para chegar até o destino final.

Além das partes desse projeto, o navio também carregou 109 ônibus da Marcopolo /Scania e da Caio/Man.

Para o amarrador David Moro, a manobra deu trabalho. “É a primeira vez que a gente vê! O padrão das atracações que a gente amarra é em paralelo, é mais simples. Essa aqui exigiu mais atenção e segurança”, comenta.

Como explica o trabalhador portuário, a manobra utilizou menos cabo, mas precisou da ajuda de duas embarcações de apoio, para passá-los dos dois bordos (lados). “Ficou amarrado só pela popa. Para ser mais rápido para posicionar o navio precisou das duas lanchas para passar os cabos”, completou David.

Foto: Portos do Paraná - Nájia Furlan