Utilizamos cookies de terceiros para fins analíticos e para lhe mostrar publicidade personalizada com base num perfil elaborado a partir dos seus hábitos de navegação. Pode obter mais informação e configurar suas preferências AQUI.

Gestão Pública

OMS: Países não podem imaginar que a pandemia acabou

Segundo Tedros Ghebreyesus, abrir sociedade sem ação para controlar vírus é receita para desastre

31/08/2020 15h25

Foto: Divulgação

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde - OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que a abertura de sociedades sem que haja um controle da transmissão do vírus da Covid-19 é a “receita para um desastre”.

“Depois de 8 meses, pessoas estão cansadas e querem seguir com suas vidas e que países querem recuperar economia. Isso é o que a OMS quer também”, disse Tedros, admitindo o impacto econômico da pandemia.

Segundo o dirigente, a agência apoia os esforços para reabrir as economias e sociedades. “Queremos a volta das crianças nas escolas e que as pessoas voltem ao trabalho. Mas queremos que isso ocorra de forma segura”, afirmou.

“Países não podem imaginar que a pandemia acabou”, disse. “Trata-se de um vírus fatal e se espalha rapidamente”, insistiu. “Se governos são sérios em abrir suas sociedades, precisam ser sérios em acabar com transmissão”, disse Tedros. “Esse equilíbrio pode ser feito. Pode parecer impossível. Mas não o é”, afirmou. Segundo ele, isso pode ser feito quando há um controle sobre transmissão.

“Abrir sem ter um controle sobre vírus é receita para desastre”, insistiu Tedros.

Em sua opinião, não existe um plano único para todos os países.

Ele, contudo, enumera quatro pontos que todos devem seguir:

1. Impedir eventos de massa que possam amplificar a pandemia

Segundo Tedros, aglomerações em estádios e discotecas podem ser fundamentais e impedir tais eventos é “essencial”. Para a OMS, há como organizar alguns desses eventos de forma segura. Mas ele não descarta que alguns sejam adiados.

2. Reduzir mortes

A segunda recomendação da OMS é a de focar na proteção de idosos, doentes e profissionais de saúde, o que reduziria o número de mortes. “Ao proteger essas pessoas, governos podem salvar vidas e retira pressão sobre serviços de saúde”, indicou Tedros.

3. Manter proteção individual

A receita da OMS é ainda de que cada pessoa se proteja, adotando uma postura de ficar um metro de distância, limpar as mãos, usar máscaras e evitar aglomerações.

4. Achar os casos

Por fim, Tedros sugere que governos ampliem seus trabalhos para encontrar os casos positivos e, em seguida, isola-los e rastrear todos os contatos. Para a OMS, com os testes governos podem evitar quarentenas generalizadas e adotar medidas focadas.