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Durante esta semana, nos dias 18, 19 e 20 de abril, a Bahia se transformou na capital do petróleo onshore brasileiro, setor que cresceu 300% em 2021, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). O Nordeste passou a ser a região do País com supremacia da iniciativa privada na exploração, produção e refino do petróleo e uso industrial do gás natural. A ampliação do domínio privado para a produção de petróleo, gás natural e fertilizantes nitrogenados, ocorreu desde que a Petrobras alienou suas instalações atendendo a disposições do procedimento especial de cessão de direitos previsto no Decreto nº 9.355/2018.

O encontro, promovido pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e patrocinado pelas empresas participantes, está sendo realizado nas dependências do Senai-Cimatec e conta com a presença de representantes da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e das empresas que compraram os campos de produção de petróleo e gás natural e as instalações de processamento da Petrobras. O objetivo principal da reunião, por parte das empresas que assumiram a operação desses ativos, é o relato dos investimentos que estão sendo realizados para aumento da produção e as perspectivas futuras esperadas. Foram discutidos problemas relacionados à produção, transporte, refino, comercialização e estruturação do mercado livre de gás.

As novas siglas e denominações como ABPIP, 3R, Maha, Imetame, COBRA, ABEGAS, PetroRecôncavo, Bahiagás, Eneva, TAG, Excelerate, Inopetro, Halliburton, Schlumberger, Perbras, Petres, EnP, Qaulidados, ONIP, Unigel, Acelen, Dax Oil e Campos Mello, das empresas com mensageiros nos painéis, passam cada dia mais a integrar o linguajar regional, responsáveis que são pela dinâmica de parcela substancial da nossa economia. Presentes ao congresso, além dos emissários de órgãos federais como MME, ANP e EPE, funcionários dos estados Amazonas, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe, Bahia e Alagoas.

O evento permitiu que os novos players do negócio petróleo e gás pudessem obter informações complementares que lhes irão auxiliar no planejamento futuro e que os enviados das diversas organizações presentes interagissem entre si e ampliassem seus contatos e fontes de informação, resultando em ganho para todos. De igual importância a presença de prepostos dos governos estaduais que colheram elementos para adicionar itens aos seus planos e programas, fazendo mais intensamente o que antes era de competência quase exclusiva da estatal do petróleo. Eles puderam observar quão importante serão seus investimentos na atração de novas empresas, principalmente na realização de obras de infraestrutura, educação, segurança, saúde e proteção ambiental. Vale lembrar que ações interativas regionais não podem ficar de fora de seus projetos, pela própria natureza do negócio e necessidade de proteção e fortalecimento das organizações chegantes.

Há grande expectativa por partes das sociedades locais fornecedoras de bens e prestadoras de serviços, notadamente as dedicadas aos ramos de engenharia, reconhecidas como grandes contratadoras de pessoal de todos os níveis, que sejam vigoradas a cada dia, merecendo o recebimento de convites para participarem das concorrências. De qualquer maneira todos merecem os cumprimentos dos que habitam a região, principalmente a FIEB por ter identificado com perspicácia a oportunidade da realização.

Adary Oliveira é engenheiro químico e professor – [email protected]

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