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Economia

Opep mantém previsões para crescimento do PIB global

PIB do Brasil pode diminuir em 0,4 ponto porcentual no curto prazo, com tarifas dos EUA

16/07/2025 11h28

Foto: Divulgação

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a previsão para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2025, em 2,9%, segundo relatório mensal divulgado. Para 2026, a projeção de avanço da economia global também ficou inalterada, em 3,1%.

No caso do PIB dos EUA, a Opep reiterou estimativas de expansão de 1,7% neste ano e de 2,1% no próximo.

As projeções de crescimento da China em 2025 e 2026 também foram mantidas, em 4,6% e 4,5%, respectivamente. Para a zona do euro, as previsões de alta também não sofreram ajustes, permanecendo em 1% em 2025 e 1,1% em 2026.

PIB do Brasil pode diminuir

A Opep deixou inalteradas as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos próximos dois anos, prevendo alta de 2,3% em 2025 e de 2,5% em 2026. No entanto, o cartel alertou que o aumento inesperado das tarifas dos EUA poderá pesar sobre a atividade e diminuir o PIB brasileiro em 0,4 ponto porcentual no curto prazo.

A Opep ainda considera que é possível um crescimento mais forte do Brasil no segundo semestre de 2025 do que o esperado, a depender do desempenho da agricultura. Por outro lado, as tarifas americanas podem eliminar esse suporte se não houver uma solução entre os dois países. "O Brasil poderá tentar mitigar esse impacto por meio de negociações contínuas com os Estados Unidos e redirecionando exportações para mercados alternativos, o que é factível para commodities amplamente comercializadas, como produtos agrícolas, metais e combustíveis", apontou o relatório.

O cartel também manteve previsão de que a inflação ficará elevada em torno de 5% ao longo do ano, levando o BC do Brasil a manter a taxa Selic em nível alto por tempo prolongado para controlar as pressões inflacionárias. A Opep ainda espera que um impacto positivo de reformas fiscais, relaxamento monetário e aumento do consumo e investimentos domésticos apoiem a aceleração da economia a partir do ano que vem, embora os riscos tarifários também permaneçam no horizonte de 2026.