Foto: Jefferson Peixoto - Secom - PMS

Além do Consórcio Salvador Norte (CSN), as outras empresas que exploram o transporte público de Salvador podem sofrer intervenção direta da Prefeitura para continuar operando. Segundo comunicado emitido pela Secretaria de Mobilidade (Semob), a OT Trans e Plataforma relataram dificuldades financeiras e já oficializaram o pedido de apoio do município, que irá analisar a situação e definir o que será feito.

A Plataforma, identificada pelos ônibus amarelos, atende a bacia A, no Subúrbio e tem uma frota de 474 veículos para atender 112 linhas. Já a OT Trans, de veículos na cor verde, atende a bacia B, no Miolo, conta com uma frota de 702 ônibus e roda em 116 linhas.

A intervenção na CSN foi renovada por mais 90 dias e anunciada pelo prefeito Bruno Reis na semana passada. Atualmente, a empresa possui uma frota de 395 ônibus, na cor azul, que atendem 66 linhas. Mais de 50 bairros das regiões da Orla e Centro são atendidos pela empresa, como Rio Vermelho, Cabula, Boca do Rio, Patamares e Nordeste, entre outros.

A crise que o setor já enfrentava só piorou com a pandemia. Segundo a Semob, desde o início das medidas restritivas, a média diária de usuários do transporte saiu de 1,3 milhões para cerca de 850 mil usuários por dia, chegando a apenas 300 mil usuários nos meses de maior isolamento. A Prefeitura diz que já investiu cerca de R$120 milhões para manter o transporte público da cidade funcionando.

A situação também gera incerteza nos rodoviários. Existe uma ameaça de demissão em massa de 1200 trabalhadores das empresas OT Trans e Plataforma. A reunião que vai decidir o futuro da categoria será em abril.