Utilizamos cookies de terceiros para fins analíticos e para lhe mostrar publicidade personalizada com base num perfil elaborado a partir dos seus hábitos de navegação. Pode obter mais informação e configurar suas preferências AQUI.

Transporte Terrestre

Paralisação de entregadores de app atinge 59 cidades

A paralisação visa pressionar plataformas de delivery, como Ifood e Uber Flash, a fornecerem melhores condições de trabalho

31/03/2025 10h35

Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil

Entregadores de aplicativo de 59 cidades do Brasil entraram em greve nesta segunda-feira (31). A paralisação visa pressionar plataformas de delivery, como Ifood e Uber Flash, a fornecerem melhores condições de trabalho. O movimento deve se estender até terça-feira (1º).

A greve é organizada pela Anea (Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos), sendo a terceira paralisação realizada no país. As outras duas ocorreram em 2020, durante a pandemia.

Segundo a Aliança, as pautas reivindicadas são essenciais para evitar a exploração dos entregadores pelas plataformas. Eles argumentam que, sem reajustes, os ganhos não são compatíveis com o custo de vida e os trabalhadores arcam sozinhos com os custos de combustível, manutenção e riscos diários no trânsito.

Breque dos apps: quais são as reivindicações dos entregadores

Valor da entrega

Um dos pedidos dos entregadores em greve é o aumento do valor de entrega de R$ 6,50 para R$ 10. O último ajuste foi realizado em 2022, mas também aumentou a distância percorrida, de 3 para 5 km.

Quilômetro rodado

O valor atual pago aos trabalhadores de aplicativos de delivery é de R$ 1,50 por quilômetro rodado. Por conta do aumento no preço dos combustíveis, a reivindicação é que o valor suba para R$ 2,50.

Distância máxima para entregadores que usam bicicletas

As longas distâncias percorridas em entregas de bicicleta, além de cansativas, demoram mais e impedem que o entregador faça outra entrega rapidamente. O pedido é que as entregas sejam limitadas a um raio de 3 km.

Fim das entregas agrupadas

Embora os aplicativos cobrem cada pedido do cliente, quando o entregador realiza diferentes entregas na mesma rota ou no mesmo endereço, ele recebe somente uma vez. A paralisação pede o fim das “entregas agrupadas”, fazendo com que toda entrega seja paga individualmente.

As cidades afetadas pela paralisação

Classificada pela Anea como “o maior breque dos apps da história do Brasil”, a greve dos entregadores atinge, até o momento, 59 cidades. Atos nas ruas estão previstos para ocorrer em 19 capitais. São elas:

  • São Paulo;
  • Maceió;
  • Manaus;
  • Belém;
  • Salvador;
  • Fortaleza;
  • Goiânia;
  • Distrito Federal;
  • Belo Horizonte;
  • João Pessoa;
  • Natal;
  • Porto Alegre;
  • Recife;
  • Rio de Janeiro;
  • Florianópolis;
  • Curitiba;
  • Porto Velho;
  • Cuiabá;
  • São Luís.