13/03/2024 15h14
Foto: Agência Brasil
Segundo um relatório divulgado pela Janus Henderson Investors, a Petrobras deixou o ranking das 20 empresas que mais pagam dividendos no mundo em 2023. No ano anterior, e petroleira brasileira tinha ficado na segunda posição.
A queda ocorre após a estatal brasileira decidir reter a distribuição dos dividendos extraordinários, avaliados em R$ 43,9 bilhões, diminuindo em mais de 50% os dividendos distribuídos relativos à operação da empresa no ano passado.
Para efeito de comparação, os dividendos relacionados a 2022 distribuídos pela Petrobras somaram US$ 21,7 bilhões, a segunda maior distribuição de dividendos global naquele ano, atrás apenas da BHP Group.
Para o ano corrente de 2023, a Petrobras anunciou a distribuição de US$ 10 bilhões em dividendos. Com isso, de acordo com a Janus Henderson, a petroleira deixou o ranking das 20 maiores pagadoras de dividendos no mundo.
O relatório lista apenas as 20 maiores pagadoras e não traz informações sobre qual seria a posição da Petrobras em 2023. Globalmente, segundo o relatório, 86% das empresas aumentaram seus dividendos ou os mantiveram estáveis.
Além da Petrobras, houve cortes nos dividendos distribuídos por grandes companhias globais como BHP, Rio Tinto, Intel e AT&T, que contribuíram par aa redução da taxa de crescimento subjacente global (ou seja, ao levar em conta os efeitos cambiais e os dividendos não recorrentes) em dois pontos percentuais.
Outras empresas brasileiras, como a Ambev e a Vale, também reduziram suas distribuições de dividendos, o que garantiu que o Brasil fosse o país mais fraco no índice global. A Microsoft ficou na primeira posição do ranking de 2023. Veja abaixo:
Confira a lista com as 20 empresas que mais pagaram dividendos em 2023
Mais destaques do relatório
Para o diretor de renda variável global da Janus Henderson, Ben Lofthouse, o pessimismo em relação à economia global se mostrou infundado em 2023 e, embora as perspectivas ainda sejam incertas, os dividendos estão bem sustentados.
Ainda na avaliação de Lofthouse, o efeito defasado das taxas de juros mais altas continuará a impactar a distribuição de dividendos.
“A taxa de crescimento dos dividendos nos Estados Unidos no quarto trimestre do ano passado é um bom presságio para o ano inteiro. As empresas japonesas, por exemplo, iniciaram um processo de retorno de mais capital para os acionistas e a Ásia parece estar se recuperando, enquanto os dividendos na Europa estão bem cobertos”, acrescenta.