01/10/2023 07h26
Foto: Divulgação
Em seu aniversário de três anos de operação no Brasil, o PIX atingiu o teto máximo de aceitação (100%) entre as principais lojas do e-commerce no Brasil. A apuração dessa escalada plena da modalidade foi realizada pelo Estudo Gmattos de Pagamentos em sua edição de setembro de 2023.
Por meio das edições bimensais do Estudo, a Gmattos, consultoria que há mais de 20 anos identifica movimentações nos tipos de pagamento aceitos pelo comércio eletrônico no Brasil, tem acompanhado a evolução do PIX desde janeiro de 2021. É a primeira vez no histórico que ele atinge a plena aceitação, conquistando um status que até então era exclusividade do crédito.
Segundo Gastão Mattos, cofundador e diretor-geral da Gmattos, "o PIX encontrou no ambiente online o cenário ideal de propagação". "Com usabilidade plena, ou uma conversão chegando a 90% no carrinho, e custo inferior a todas as outras formas de recebimento - 0,33%, em média, para lojas de grande porte –, o PIX ganha espaço entre lojistas e consumidores para o pagamento à vista", afirma o consultor.
Para alcançar esse patamar, a modalidade superou gargalos para sua integração no checkout de maneiras diversas, adotando desde um processo quase manual via chat pelo WhatsApp até fluxos sofisticados com retornos imediatos no ambiente loja da autenticação PIX no aplicativo da conta do consumidor.
A predileção dos lojistas pelo PIX se evidencia pelo percentual da incidência de incentivos ao pagamento pela modalidade, que em setembro alcançou 42% das lojas, maior propensão registrada no histórico – em julho/23, eram 40%. São oferecidos descontos entre 5% e 20% para os clientes que optam por pagar usando o PIX.
O Estudo Gmattos de Pagamentos de setembro/23 também detectou outro recorde de aceitação no histórico de observações: o do BNPL ("Buy Now, Pay Later"), que atingiu 32,2%, ante 30,5% em maio e em julho/23. A oferta via fintechs e o crediário próprio dos lojistas foram preponderantes no Estudo de setembro, com 36,8% cada um do total do BNPL; o parcelamento via bancos ou financeiras, em viés de queda, somou 26,3% da disponibilização da modalidade.
O cartão de crédito, que, assim como o PIX, possui aceitação plena (100%) entre os lojistas online, enfrenta instabilidade na oferta do parcelado sem juros, devido a demandas regulatórias e interesses não convergentes entre bancos, lojas e adquirentes.
Embora o parcelamento médio sem juros ofertado tenha se mantido em 5 vezes, patamar semelhante ao de edições anteriores do Estudo, verificou-se em setembro/23 uma concentração maior no plano de crédito à vista (1 vez), o qual atingiu sua maior incidência (27%) no histórico de observação. A oferta do parcelado com juros foi baixa, aparecendo em 18,6% das lojas, na maior parte das vezes com cobrança de juros para 11 ou mais parcelas.