24/11/2025 08h22
Foto: Divulgação
Entraram em vigor neste domingo, dia 23, as novas regras do Banco Central (BC) que reforçam a segurança do Pix e ampliam o alcance do mecanismo de devolução para vítimas de fraudes, golpes e coerção. A mudança promete facilitar a recuperação de valores desviados, mesmo quando o dinheiro já foi transferido para outras contas.
Até agora, a devolução pelo Pix só era possível se o dinheiro desviado permanecesse na primeira conta usada pelo golpista. Essa limitação favorecia criminosos, já que, ao receberem o valor, rapidamente sacavam ou transferiam os recursos para outras contas, tornando o rastreio difícil e reduzindo as chances de devolução.
Com as novas regras — que são opcionais até 2 de fevereiro e passam a ser obrigatórias para todas as instituições financeiras a partir dessa data — o sistema passa a rastrear todo o caminho percorrido pelo dinheiro. Assim, valores poderão ser recuperados mesmo após deixarem a conta inicial utilizada no golpe.
Segundo o BC, esse avanço deve aumentar significativamente a identificação de contas usadas em fraudes, ampliar a devolução de recursos e desestimular golpes.Com o novo modelo, o mecanismo de devolução passa a identificar a movimentação do dinheiro com precisão e compartilhar essas informações entre as instituições envolvidas.
De acordo com nota do Banco Central, divulgada quando o anúncio foi feito, em agosto:
“Essa identificação será compartilhada com os participantes envolvidos nas transações e permitirá a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação.”
A expectativa é que o compartilhamento de dados ajude também a bloquear contas utilizadas em esquemas fraudulentos, impedindo novos crimes.Desde 1º de outubro, todos os bancos e instituições financeiras já são obrigados a oferecer, dentro da área do Pix, uma função de autoatendimento para contestação de transações suspeitas. Essa é a porta de entrada para solicitar a devolução de valores.
O recurso dispensa interação humana, torna o processo mais rápido e aumenta as chances de que ainda haja dinheiro na conta do fraudador ou das contas intermediárias para viabilizar o reembolso. O BC explica: “O autoatendimento dará mais agilidade e velocidade ao processo de contestação de transações fraudulentas, o que aumenta a chance de haver recursos disponíveis para devolução.”
Com o Pix se consolidando como o meio de pagamento mais utilizado do país, o Banco Central vem aprimorando constantemente suas regras de segurança. As novas medidas integram uma série de ações que visam reduzir casos de golpes, aumentar a transparência e tornar o sistema mais seguro para todos os usuários.O reforço no rastreamento e a ampliação do mecanismo de devolução tendem a desestimular criminosos, uma vez que as chances de reaver o dinheiro aumentam e os bancos passam a identificar mais rapidamente comportamentos suspeitos.
O que fazer se você cair em um golpe via Pix
Quanto mais rápido a vítima agir, maiores são as chances de recuperação do dinheiro.