30/06/2021 07h00
Foto: Divulgação
Responsável por 22% do PIB baiano, o Polo Industrial de Camaçari completou na terça-feira (29) 43 anos em operação. Nascido com vocação para a petroquímica, o complexo agregou novos segmentos que vão do setor automotivo a fornecedores de equipamentos para energia eólica, incluindo celulose, metalurgia do cobre, fertilizantes e outros.
“A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) é uma parceira desse grande parque industrial, e estamos sempre atentos para as ações de apoio às empresas, para que possam investir cada vez mais na Bahia”, afirmou o titular da pasta, Nelson Leal. O gestor lembra que o complexo tem uma contribuição anual acima de R$ 1 bilhão em ICMS.
O superintende geral do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Mauro Pereira, destacou o investimento do Polo na área ambiental, citando também o Anel Florestal, onde a SDE coordena uma ação em parceria com a Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/Polo).“Uma visão de longo prazo é importante para a sustentabilidade da indústria e da qualidade de vida para a região”, disse Pereira.
Desafios
Nas mais de quatro décadas de atuação, o Polo enfrentou adversidades. Atualmente, sente reflexos da pandemia e do fim da operação da Ford, responsável por mais de 5% da transformação industrial baiana. “Manter-se competitivo é o principal desafio do Polo, compartilhado pelas mais de 90 empresas que o integram”, afirmou o Cofic, em nota. “Essas empresas têm trabalhado firme nessa direção, em conjunto com o Governo do Estado, com as prefeituras dos municípios de Camaçari e Dias d´Ávila e com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).
O Cofic ressalta que o complexo tem empresas líderes em seus segmentos, como a Braskem (resinas termoplásticas), a Paranapanema (cobre eletrolítico), BSC (única indústria produtora de celulose solúvel com alto teor de pureza em toda a América Latina), a Deten Química LAB – Linear Alquilbenzeno, matéria-prima básica para produção de detergentes biodegradáveis). No setor da energia eólica, destacam-se a Siemens-Gamesa e Torrebrás.