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A Porsche iniciou neste mês as entregas do novo 911 GT3 no Brasil, marcando a estreia da segunda fase da geração 992, agora chamada informalmente de 992.2. A versão mais próxima das pistas dentro da linha 911 mantém o motor boxer aspirado de 4,0 litros, seis cilindros e 510 cv, mas traz uma série de evoluções mecânicas e aerodinâmicas para atender às regulamentações mais exigentes de emissões no Brasil e na Europa. O esportivo chega por a partir de R$ 1.620.000.

Mesmo com sistemas adicionais de controle de poluentes, como novos filtros de partículas e agora quatro catalisadores, o seis cilindros segue entregando alto desempenho e respostas afiadas. Com câmbio PDK de sete marchas, o GT3 acelera de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos e pode alcançar 311 km/h. Com câmbio manual de seis marchas, a máxima chega a 313 km/h.

O modelo recebeu melhorias aerodinâmicas visíveis na dianteira e na traseira, com difusores redesenhados, entradas de ar ampliadas e uma nova asa traseira com lâminas laterais mais inclinadas, todos elementos que aumentam a pressão aerodinâmica sem comprometer o fluxo de ar. A suspensão também evoluiu com soluções adotadas no 911 GT3 RS, incluindo braços dianteiros com perfil em gota, tudo para ajudar na estabilidade e no resfriamento dos freios em altas velocidades.

Pela primeira vez, o pacote Touring, que substitui a asa fixa por um visual mais discreto, está disponível já no lançamento. Ele mantém o desempenho elevado, mas com foco maior no uso cotidiano, acabamento interno mais refinado e a inédita opção de bancos traseiros no GT3. Pacotes opcionais como o Weissach e o Leightbau ampliam a personalização e reduzem o peso para quem busca performance máxima em circuito.

Diversão garantida

O novo GT3 é rápido nas mudanças de direção e mantém a frente "grudada" no chão, ante uma leve tendência de saída dos modelos anteriores. Segundo a Porsche, a mudança na suspensão também diminuiu a vibração passada para o volante quando o cupê passa sobre zebras na pista, algo que de fato é bem menos sentido.

As mudanças no escapamento não alteraram o ronco, alto, metálico e rascante, bem presente na cabine acima das 4 mil rpm. A sinfonia mecânica acompanha o crescimento dos giros até o limite de giros, em elevadas 9 mil rpm.

Em tempos de carros elétricos, 510 cv podem não parecer mais uma cifra impressionante, mas num conjunto como o 911 GT3, são suficientes para entregar desempenho excepcional.

Prós

Desempenho em pista é ponto alto do GT3, que se comporta de forma exemplar. Respostas são imediatas e conjunto ainda entrega carisma com ronco instigante e envolvente.

Contras

Difícil encontrar pontos negativos em um modelo da estirpe do 911 GT3, mas versão poderia ter mantido painel com conta-giros analógico para relação mais direta com motorista, já que também trocou botão de partida por seletor giratório.

Fonte: Jornal do Carro