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Transporte Aquaviário

Porto de Antonina apto a receber navios com mais cargas

A Portos do Paraná homologou o aumento de 8 para 8,5 metros a profundidade do canal de acesso ao terminal

22/04/2021 17h46

Foto: Portos de Paraná - Claúdio Neves

Portaria publicada esta semana pela Portos do Paraná homologa o aumento de 8 para 8,5 metros a profundidade operacional do canal de acesso ao terminal, tornando-o apto para receber navios com maior capacidade de carga.

Essa é a profundidade em que as embarcações podem ficar submersas na água, ao navegar para entrar ou sair do terminal. A aprovação da mudança foi dada pela Autoridade Marítima - Capitania dos Portos do Paraná - após a análise dos levantamentos da batimetria realizada na última atividade de dragagem no canal de acesso ao Porto de Antonina, finalizada em agosto de 2020.

“Considerando que o Porto de Antonina movimenta, principalmente, granéis sólidos, esse aumento de meio metro significa aproximadamente mais 2.500 toneladas de carga em cada navio que o porto recebe”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O calado operacional do canal está sendo restaurado por etapas. No ano passado passou de 7,5 para 8 metros. A expectativa é chegar até os 9,5 metros.

O diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, explica que isso é possível graças ao serviço de dragagem de manutenção e pela adequação na sinalização náutica (nas boias). “Faz parte de um plano de adequação até atingir o calado máximo possível. Com certeza essa medida trará maior competitividade ao terminal de Antonina, impactando diretamente na viabilidade de atração de maiores volumes de carga”, garante o diretor.

Gilberto Birkhan, presidente da Terminais Portuários Ponta do Félix (TPPF), que opera em Antonina, diz que a empresa recebe com otimismo a notícia do aumento de calado. “Isso faz crescer as nossas perspectivas de novas cargas, novos negócios. Trabalhando junto com a Portos do Paraná, creio que podemos ir além e alcançar profundidades ainda maiores, o que aumentaria os nossos diferenciais”, afirma.

Segundo Birkhan, o impacto desse aumento de profundidade será direto na primeira operação de embarque de farelo de soja, já nos próximos dias. “É muito importante contarmos com isso, porque seremos muito atrativos para cargas que merecem uma dedicação especial no manuseio”, completa o presidente da TPPF, se referindo ao farelo de soja não transgênico que é movimentado pelo terminal.