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Logística

Porto de Itaqui chega ao limite para grãos

Consórcio que opera terminal de grãos em Itaqui atingiu capacidade máxima e pede direito para ampliar estrutura

04/03/2024 15h15

Foto: Divulgação

O consórcio formado por TCN, Viterra, CLI e ALZ Grãos, que administra o terminal de grãos do porto de Itaqui (Tegram), no Maranhão, protocolou um pedido solicitando a renovação antecipada do contrato de sua concessão portuária, que vencerá apenas em 2037. 

O motivo é a forte demanda e a necessidade de expandir a estrutura do terminal. Com duas fases do projeto original implementadas, o Tegram movimentou um volume 50% superior ao esperado. Somadas, esperava-se que as fases 1 e 2 chegassem a um movimento de 10 milhões de toneladas. No entanto, 15 milhões de toneladas já passaram pelo porto.

“Em oito anos conseguimos exaurir a capacidade do projeto. Até 2037, teremos novas áreas em produção, tecnologias mais desenvolvidas e adaptadas, e precisamos crescer para atender à demanda”, disse Marcos Pepe Bertoni, presidente do Tegram.

Marcos Pepe Bertoni, presidente do Tegram - Foto: Divulgação

O pedido de renovação antecipada coincide com o início do investimento da terceira fase do terminal, que prevê aportes de R$ 1,6 bilhão por parte dos sócios. Originalmente, a terceira fase contemplava apenas a construção do terceiro berço do Tegram.

Dado que a capacidade já foi alcançada, o novo plano proposto prevê a ampliação da armazenagem e da área de recepção de caminhões. Assim, o terminal poderia movimentar 23 milhões de toneladas de grãos por ano.

Por esse motivo, além da renovação antecipada, o consórcio está solicitando também um adensamento. Na prática, é a autorização para construir novas estruturas em uma área ao lado dos armazéns já existentes.

O grande foco do Tegram tem sido a exportação de soja. Das 15,6 milhões de toneladas movimentadas em 2023, pouco mais de 65% foram referentes ao grão, o que representou um crescimento de 6,5% em comparação a 2022.

A expectativa é que a soja permaneça como o carro-chefe do terminal, mas o crescimento da demanda internacional pelo milho brasileiro anima o consórcio. Só no ano passado, os embarques de milho do Tegram cresceram quase 40% e chegaram a 5,3 milhões de toneladas.

As quatro empresas do consórcio que administra o Tegram têm operações distintas. A TCN é uma sociedade formada entre a Toyota (75%) e CHS (25%), uma cooperativa americana que representa aproximadamente 500 mil produtores.

A ALZ Grãos tem como sócios LDC, Amaggi e a japonesa Zen-Noh Grãos. Já a Viterra, foi comprada recentemente pela Bunge, que tende a assumir a operação assim que o negócio foi aprovado pelos órgãos reguladores.

No caso da CLI, a empresa tem como sócios os fundos Macquarie e o private equity  IG4 Capital. A empresa é um operador logístico e presta serviços em Itaqui para ADM, Cargill e Cofco.

Fonte: InfoMoney