28/09/2021 17h39
Foto: Divulgação
Trabalhadores portuários das empresas Katoen Natie e Montecon estão em greve desde segunda-feira, 27 de setembro, medida que se estenderá até quinta-feira, às 11h (local), por dois motivos: Um é a falta de acordo para a renovação do grupo conveniado da TCP trabalhadores que negociam há vários meses com a Katoen Natie (operadora TCP). E a outra é a rejeição da prorrogação da Concessão do TCP por 50 anos - de 2031 a 20181 - acordada entre o Governo do Uruguai e a Katoen Natie.
Em detalhes, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Portuários (Supra), Álvaro Reinaldo, explicou que o sindicato exige o aumento do salário mínimo que cada trabalhador cumpre. Diante deste pedido, a empresa propõe um aumento no item extraordinário, solução que rejeita.
Por outro lado, um acordo é negociado em mesa do MTSS para que os trabalhadores que possam ser demitidos da Montecon por redução de atividade sejam absorvidos pela Katoen Natie. “Em um contexto geral, rejeitamos o acordo e os decretos que dão prioridade ao docking do TCP e que deixam seu concorrente, a Montecon, praticamente sem emprego. Estamos falando de 400 funcionários diretos e 300 terceirizados. Reestruturar ou literalmente terá que fechar ", disse Reinaldo. Além disso, ele informou que não houve acordo quanto à cláusula de paz (fim do conflito).
A suspensão das atividades significa que a movimentação de carga e descarga de contêineres no porto de Montevidéu fica completamente paralisada e não há operação com nenhum tipo de carga. Apenas uma guarda especial mínima foi estabelecida para controlar os contêineres com produtos refrigerados.
Respostas
O Terminal Cuenca del Plata (TCP) informou que devido a esta situação teve que enviar navios a Buenos Aires por falta de pessoal para carregar e descarregar contêineres. Por meio de nota, acrescentaram que para a empresa a medida é "abusiva, um atentado ao comércio exterior em um momento em que a situação portuária mundial está em crise por falta de contêineres e mais se assemelha a um" movimento "coordenado para desestabilizar". .
Em relação às negociações com o sindicato, o TCP indicou que a Supra não concordava com o acordo salarial proposto: “Entre uma série de benefícios, o sindicato rejeitou o duplo abono anual para todos os trabalhadores por não atender às suas expectativas”.
Por sua vez, o Poder Executivo se preocupa com o impacto na operação portuária e com os prejuízos econômicos que a paralisação acarreta. É por isso que as autoridades pretendem insistir na via do diálogo nas próximas horas para mitigar as medidas.
Fonte: Mundo Marítimo