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Transporte Aquaviário

Porto de Rio Grande terá dragagem permanente

Dragagem continuada permitirá a entrada de navios maiores de forma constante no cais

19/07/2022 09h10

Foto: Divulgação 

O Conselho de Autoridade Portuária (CAP) do Porto de Rio Grande definiu a autorização para a realização de dragagem permanente no canal de acesso, antiga reivindicação dos segmentos ligados às operações no único complexo portuário marítimo gaúcho. “A dragagem continuada permitirá a entrada de navios maiores de forma permanente no cais, trazendo e levando mais cargas, ampliando a sua movimentação, e em consequência, ampliando também a demanda de serviços para a nossa categoria”, avaliou Sandro Araújo, delegado representante do Sdaergs (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul) como membro permanente no Conselho. O encontro contou com a presença de dezenas de lideranças do setor, incluindo os dirigentes da Portos RS, que administra os principais portos de Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas, que sediou o encontro.

Segundo Araújo, até hoje a dragagem era feita esporadicamente, necessitando sempre de autorização específica para sua execução, o que provocava a redução do calado do porto durante boa parte do ano. “Com os serviços feitos de forma continuada, o calado se manterá sempre adequado para atracação de embarcações maiores, transportando mais produtos. O custo será bancado pela Portos RS, que administra o Porto de Rio Grande”, disse o despachante aduaneiro. Ele adiantou ainda que os terminais privados que operam no complexo rio-grandino, como o Tecon, anunciaram que vão se mobilizar em conjunto para aproveitar que a draga já estará trabalhando em Rio Grande para manter a profundidade também nos acessos as suas unidades.

O representante do Sdaergs destacou igualmente a possibilidade de viabilizar o projeto de expansão do transporte de cargas do Uruguai, via hidrovia pelas lagoas dos Patos e Mirim, para o Porto de Rio Grande. “Esse é outro sonho antigo da comunidade de comércio exterior e poderia ampliar significativamente a movimentação de cargas pelo terminal gaúcho, uma vez que os navios não precisariam mais ir até Montevidéu, aumentando, da mesma forma, o volume de trabalho para os despachantes aduaneiros”, observou Araújo, ressalvando que “a implementação desse projeto, no entanto, ainda pode demorar bastante”.

O delegado do Sdaergs salientou que a dragagem deverá começar ainda esse ano, estando, agora, na fase de liberações ambientais. Ele explicou que nesse período, os terminais deverão aproveitar para também encaminharem seus projetos visando a aproveitar a estada da draga, que deverá vir da Alemanha.

Fonte: Jornal do Comércio