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Logística

Porto de Salvador: pátio de triagem de caminhões terá nova gestão

As empresas Sulog - Suape Logistica e a Amalog – Amazonia foram classificadas por chamamento público

26/01/2023 07h04

Foto: Lúcio Barbosa 

A Companhia das Docas do Estado da Bahia – Codeba divulgou o resultado do chamamento público para exploração de pátio de triagem e estacionamento para caminhões do Porto de Salvador. As empresas classificadas foram a Sulog - Suape Logistica e a Amalog - Amazonia logística que aguardam, agora, a conclusão do processo de homologação para darem início a implantação dos empreendimentos.

Manoel Ferreira, diretor da Sulog, uma das empresas classificadas, afirma que, a além de serem um instrumento necessário para garantir o atendimento das normas internacionais de segurança, os pátios de triagem possibilitarão a agilização e o disciplinamento mais eficiente do acesso de caminhões aos terminais portuários e vão proporcionar aos caminhoneiros uma estrutura com facilidades como banheiros, restaurantes, sala de convivência e borracharia.

“Atualmente os caminhoneiros são obrigados a aguardar muitas horas às margens da rodovia ou em um terreno sem nenhuma infraestrutura. No pátio eles não só terão um tratamento digno, mas também o sistema de agendamento possibilitará que as operações de carga e descarga sejam feitas com mais agilidade”, afirma.

Outro benefício apontado por Manoel é o de evitar congestionamentos de caminhões nas rodovias de acesso ao porto e o estacionamento irregular de veículos pesados às margens das estradas, o que prejudica o trânsito e ocasiona riscos de acidentes a todos que trafegam nessas vias.

O diretor da empresa, que implantou um dos três pátios de triagem existentes no Porto de Suape (PE), explica que os caminhões utilizados nas operações de exportação de produtos oriundos dos distritos industriais e do polo petroquímico já trafegam nas vias de acesso aos futuros pátios de triagem. Sendo assim, a parada do pátio regulador para credenciamento não representará aumento em seu percurso realizado atualmente.

Com relação aos caminhões utilizados nas operações de importação, que saem da Região Metropolitana de Salvador e vão até o pátio antes de seguir para o porto, Ferreira argumenta que os pátios de triagem disponibilizam alternativas customizadas de acordo com a particularidade de cada operação a fim de não onerar os serviços de transporte.

Além disso, ele acrescenta que os ganhos operacionais obtidos com a implantação do serviço de regulação de entrada de caminhões possibilitam que o irrisório custo tarifário de uso do pátio de triagem seja diluído no custo total da operação de transporte.

De acordo com o diretor da empresa, os portos mais modernos do mundo adotam os pátios de regulação como solução para evitar que o fluxo intenso de caminhões prejudique a mobilidade da população em geral.

“No Brasil, o Porto de Santos (SP) credenciou em 2022 o seu sétimo pátio regulador de caminhões e, recentemente, o Porto de Paranaguá investiu nada menos do que R$ 7,4 milhões em melhorias em seu pátio que comporta mais de mil caminhões”, diz Ferreira.

Ele revela ainda que, no Norte/Nordeste, cinco estados já instalaram ou estão de processo de implantação de pátios de triagem. “Itaqui, no Maranhão, foi o pioneiro, onde o pátio funciona há mais de cinco anos. Em 2020, iniciamos nossa operação no Porto de Suape, em Pernambuco, onde funcionam ao todo três pátios. No final do ano passado começaram as obras de implantação em Cabedelo, na Paraíba, e em Barcarena, Pará. Na Bahia, o processo está em andamento no Porto de Salvador”.

No caso específico do porto baiano, o diretor da Sulog destaca que os pátios terão uma importância estratégica significativa para garantir as condições necessárias para a expansão das operações portuárias.

“O Porto de Salvador tende a ampliar cada vez mais a sua capacidade de movimentação de cargas o que, consequentemente, intensificará o tráfego de veículos na área portuária. Em razão disso, se faz necessário a adoção de medidas a fim de evitar futuros gargalos que venham a prejudicar a competitividade operacional do porto”.

Manoel destaca ainda que o crescimento previsto do Porto de Salvador em decorrência das obras de expansão do terminal de contêineres não pode depender do suporte de um estacionamento precário de caminhões como o existente atualmente. “É necessário uma infraestrutura capaz de suportar o crescimento a partir de novas demandas”, afirma.

A Sulog faz parte do Grupo Agemar que, por meio de sua holding, também atua nos segmentos de administração de aeroportos, transporte marítimo, operações portuárias, logística e armazenagem, terminais de granéis, infraestrutura turística, locação de contêineres customizados e construções modulares.