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Transporte Aquaviário

Porto de Suape muda área de fundeio

A iniciativa, já em vigor, é para a beneficiar pesca artesanal

11/01/2020 10h21

Foto: Rafa Medeiros - Suape

Para atender a uma reivindicação dos pescadores e beneficiar a pesca artesanal, o Porto de Suape alterou sua área de fundeio, local em alto-mar onde os navios podem "estacionar" para aguardar a liberação e atracar em um dos 13 berços do porto. A nova demarcação contempla duas áreas chamadas de fundeadouros e uma de quarentena, que ficam afastadas dos locais onde há maior abundância de pescado, e suportam até 54 embarcações ao mesmo tempo. As mudanças foram realizadas em conjunto com a praticagem, Capitania dos Portos de Pernambuco e pescadores da região, sendo aprovadas pela Marinha do Brasil. E já estão em vigor.

"A grande importância para nós, pescadores, na nova limitação do fundeio, é que ele estava estabelecido em locais muito ricos para captura de peixe, lagosta e molusco (como polvo). A mudança vai aumentar o espaço para a gente pescar", explica Ednaldo Rodrigues de Freitas, uma das lideranças da Associação de Pescadores e Pescadoras Artesanais em Atividade no Cabo de Santo Agostinho.

O diretor de Gestão Portuária, Paulo Coimbra, complementa: "Sabemos da importância de preservar a pesca artesanal para a sustentabilidade na região e trabalhamos em conjunto para definir uma área que atendesse aos anseios dos pescadores e às necessidades do porto. Toda a comunidade pesqueira foi convidada a participar da discussão".

De 2012 a 2019, o Porto de Suape registrou uma média de nove navios fundeados por dia. O número de atracações nos píeres de cais do porto, em 2019, chegou a 1.402. Como os fundeadouros estão dentro da poligonal do Porto Organizado, a fiscalização da correta utilização cabe à Autoridade Portuária, que pode estabelecer sanções em caso de descumprimento.

Com o ordenamento, o fundeio passa a ter três áreas. A primeira e maior delas chama-se fundeadouro 1 e possui 1.172 hectares destinados a abrigar navios com até 14,5 metros de calado máximo (distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da quilha do navio). A segunda área, o fundeadouro 2, tem 583 hectares e destina-se a embarcações com calado máximo entre 14,5 metros e 17,3 metros. Já a terceira área possui 78 hectares reservados para navios em quarentena, que precisem, por algum motivo, ficar afastados dos demais.