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Transporte Aquaviário

Porto de Vitória (ES) vai aumentar capacidade operacional

Pedido de alfandegamento do novo cais de Atalaia foi deferido pela Receita Federal

11/06/2020 07h35

Foto: Codesa - Divulgação

Mais um passo para a liberação das operações do novo Cais de Atalaia. O cais multiuso, cujo pedido de alfandegamento foi deferido e comunicado pela Receita Federal à Companhia das Docas do Espírito Santo - Codesa, aumentará a capacidade operacional do Porto de Vitória, especialmente porque poderá receber todo tipo de carga. A liberação foi comemorada pela diretoria e colaboradores da empresa, que aguardam a licença ambiental, último passo para iniciar as atividades no cais. 

De acordo com o diretor de Infraestrutura e Operações da Codesa, João Cunhalima, o alfandegamento foi um importante passo para a realização da operação do berço 207. Com a nova concepção de cais corrido, será possível movimentar, além de granéis líquidos, os sólidos, como, por exemplo, gusa, trigo, malte, fertilizantes e carvão, que tem histórico de grandes operações no Porto de Vitória.

"Em época de safra dos granéis sólidos, temos um movimento muito grande no Cais. Esse período começa agora e vai até dezembro. Antes, só os berços 201 e 202, de Capuaba, operavam esses tipos de granéis. Na safra, registramos filas de navios na barra. Agora, com a novo berço 207, vamos ampliar nossa capacidade de movimentação, inclusive para contêineres. O novo cais será um importante ativo para tornar o Porto de Vitória mais dinâmico e mais produtivo", explica.

O novo cais substituiu dois antigos dolfins, e ganhou 278,9m de extensão, abrigando o berço 207. A estrutura conta com uma área total de 19.963 mil m², sendo de 10 mil m² só de retroárea (para armazenagem e movimentação de carga). O cais contínuo foi dotado de 14 cabeços — estrutura maciça de ferro, encravada no cais, destinada a suportar as voltas dos cabos de amarração — e 12 defensas — elemento utilizado em portos e instalações portuárias, para proteção adequada entre o navio e a estrutura de atracação. Além disso, conta com profundidade de até 12,5 metros de calado, possibilitando a atracação de navios com maior capacidade de carga.

A nova construção poderá atender movimentações de cargas de granéis líquidos e sólidos, além de produtos gerais. O berço do novo cais também será fundamental para o projeto de implantação do Terminal de Granéis Líquidos (TGL), que será construído em Capuaba, Vila Velha.

Projeto

Quanto à superestrutura do investimento, foram investidos R$ 180 milhões, recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A obra contou várias etapas, como: elaboração e aprovação do projeto, fabricação dos pré-moldados, fabricação de camisas metálicas, reforço do muro da retroárea, remoção de pedras soltas e desmonte do maciço rochoso.

A obra começou em outubro de 2015, sofreu alguns períodos de paralisação, mas foi concluída no segundo semestre do ano passado, quando foram iniciadas as tratativas para a regularização do cais junto aos órgãos competentes. O retorno do alfandegamento foi uma etapa muito esperada e, agora, resta a liberação da licença ambiental para iniciar as operações.