A Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul encerra o ano de 2019 com saldo positivo de ações que garantirão o futuro do sistema hidro portuário gaúcho. Entre os destaques estão a dragagem de manutenção do complexo portuário do Rio Grande, os estudos e tratativas para a mudança do modelo de gestão dos portos gaúchos e a resolução de antigos impasses como o pátio ferroviário e a travessia de balsa entre Rio Grande e São José do Norte.

O projeto Rio Grande Porto-Indústria também é citado como fundamental para os próximos anos. Segundo diretor superintendente, Fernando Estima, a partir das conversas entre o complexo portuário e o Distrito Industrial, foi construído o projeto que resulta em uma nova forma de apresentação das áreas disponíveis para novos investimentos na região sul do Estado. “O Distrito Industrial era ofertado sem considerar o outro lado da rodovia, que é o porto, sem um zoneamento conjunto”, disse Estima.

“Estamos montando um sistema de comunicação entre os Portos RS e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico que permitirá trabalhar a atração de novos investimentos de forma conjunta”, explica Estima. A área industrial possui mais de 2,5 mil hectares e há cerca de 200 lotes ainda totalmente disponíveis para novos empreendimentos.

Dragagem para 14,5 metros

Outro destaque citado no balanço da autoridade portuária Portos RS foi a retomada da dragagem de manutenção do canal de acesso ao Porto do Rio Grande, que teve seu início em 2018. Nos últimos meses de 2019, realizou todo o ciclo de limpeza do canal, retirando cerca de 16 milhões de m3 de sedimentos que prejudicavam as operações portuárias.

O superintendente informou que a obra, iniciativa do Governo Federal, encontra-se em fase final com as fiscalizações e batimetrias necessárias ao seu encerramento. “Após a conclusão da obra, será homologado pela Marinha do Brasil o calado de 14,5 metros, dando muito mais segurança as navegações portuárias e possibilitando novas rotas comerciais, com navios de maior calado”, completou.

Terminal Logístico do Arroz

Com a extinção da CESA, a Unidade do Rio Grande está sendo incorporada ao cais público, criando assim o Terminal Logístico do Arroz. “Um espaço destinado ao armazenamento do grão já nas proximidades do porto, aumentando ainda mais a competitividade do produto e do complexo portuário. O segmento do arroz sempre buscou alternativas para o produto e o TLA surge como uma das grandes novidades ao segmento”, ressaltou Estima. A área terá um chamamento público para um contrato de transição no primeiro trimestre de 2020 para posterior licitação.

Movimentação de cargas

A China foi o principal destino das exportações, com destaque aos produtos: soja em grão, celulose, cavaco de madeira, madeira e glicerina. Já nas importações, a Argélia foi o principal país a enviar produtos ao porto gaúcho. Os principais produtos importados foram: Petróleo Cru, Uréia e Fosfato. “Podemos destacar o crescimento de celulose em mais de 7,2%, ultrapassando 3,2 milhões de toneladas, do fosfato, que subiu 6,4% e dos produtos do fumo (30,1%) e do trigo (38%)”, conclui Estima. Os dados consolidados da movimentação de 2019 tem seu fechamento previsto para o dia 15 de janeiro.

Foto: Pablo Bech