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Transporte Aéreo

Prefeitura de SP pede à Anvisa barreiras sanitárias em aeroportos

A medida visa conter variante indiana do coronavírus chamada de B.1.617

21/05/2021 09h27

Foto: Divulgação

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que sejam feitas barreiras sanitárias nos aeroportos de Congonhas, na capital paulista, e de Cumbica, em Guarulhos, para controlar a chegada de passageiros que possam estar contaminados com a variante indiana do coronavírus.

Na quinta-feira (20), o estado do Maranhão confirmou o registro dos primeiros casos no Brasil da variante indiana do coronavírus, chamada de B.1.617. Os casos foram confirmados em tripulantes que estavam em um navio vindo da África do Sul.

O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, tem uma reunião marcada com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar da questão das barreiras sanitárias.

"Os aeroportos são controlados pela Anvisa. A gente vai precisar, aí não é só São Paulo, que haja um esforço coletivo nesse sentido. Quando tivemos a primeira onda [da pandemia], no início do ano passado, o município inclusive disponibilizou funcionários de saúde para irem aos aeroportos. Para podermos identificar sintomáticos respiratórios", disse Aparecido.

"Novamente o município coloca à disposição do Ministério da Saúde profissionais aqui da cidade para que possam ajudar a Anvisa nas barreiras sanitárias que eventualmente possam ser organizadas."

Nenhum caso da variante identificada pela primeira vez na Índia foi detectado por enquanto na capital paulista. A variante predominante São Paulo é a brasileira que, segundo as autoridades de saúde, tem levado mais gente aos hospitais, por mais tempo.

Atualmente, a taxa de ocupação média para pacientes com Covid no município – que inclui os hospitais municipais e os leitos contratados – é de 77% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 61% em enfermaria. No entanto, alguns hospitais já apresentam lotação máxima.

Dos 21 hospitais municipais da capital, seis já têm mais de 80% de ocupação, que é um número considerado como indício de colapso por especialistas.

De acordo com a gestão municipal, 54 pacientes aguardam transferência para leitos de UTI no município.

Durante a fase emergencial, a mais restritiva da quarentena no estado, houve uma melhora na ocupação de leitos. No entanto, o número de novas internações parou de cair após as flexibilizações econômicas permitidas na fase de transição.

Atualmente, o estado apresenta estabilidade de novas internações, casos e mortes, mas em patamar ainda muito alto.

Apesar dos índices preocupantes da epidemia, o governador João Doria anunciou novas flexibilizações da quarentena para os próximos dias em todo o estado.

O prefeito Ricardo Nunes afirmou que caso exista um novo aumento da epidemia na capital, novos leitos serão abertos. "Se houver uma nova onda, a cidade de São Paulo está absolutamente preparada para abrir 250 leitos de UTI em curto espaço de tempo", disse o prefeito.

Fonte: G1