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Gestão Pública

Prefeitura vai distribuir 15 mil máscaras por dia em Salvador

A distribuição começa nesta quarta-feira (27)

27/05/2020 09h03

Foto: Divulgação

A Secretaria de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro inicia, a partir das 8h desta quarta-feira (27), a distribuição de máscaras de proteção em cada uma das 10 regiões administrativas de Salvador, divididas da seguinte forma: Centro/Brotas, Subúrbio/Ilhas, Cajazeiras, Itapuã, Cidade Baixa, Barra/Pituba, Cabula/Tancredo Neves, Pau da Lima, Liberdade/São Caetano e Valéria.

A estimativa é distribuir 15 mil máscaras por dia, sendo 1,5 mil em cada regional. No primeiro dia de ação, serão beneficiadas, por exemplo, localidades como Baixa da Soronha, Nova Brasília, Abaeté, Baixa de Santa Rita, Matatu, Pela Porco, Macaúbas, Nova Constituinte de Periperi, Canal Paraguai, Centro de Periperi, Vale das Pedrinhas, Nordeste de Amaralina, Santa Cruz, Vale da Muriçoca e Parque São Braz.

“A máscara é um equipamento individual importante para a população se prevenir da contaminação pela Covid-19. Por isso, as equipes irão às comunidades carentes, adentrando em becos e ruas, para entregar o utensílio a famílias que precisam ou a cidadãos que não tiveram condição de comprá-lo”, explica o titular da Secretaria de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro, Luiz Galvão.

Galvão reforça que a iniciativa nas 10 regionais da cidade complementa as doações dos equipamentos de proteção em bairros onde há medidas de isolamento social mais restrito. Além disso, a população soteropolitana também já vem recebendo máscaras reutilizáveis através de outras ações semanais, assim como cestas básicas.

Como fazer em casa

Um estudo científico realizado pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, comprovou a eficácia das máscaras caseiras de algodão. Fáceis de produzir artesanalmente, esses equipamentos de proteção são um dos símbolos na guerra contra o coronavírus, ao se tornarem essenciais para conter a proliferação da doença em todo o mundo. A dica é: se tiver que sair de casa, use sempre máscara. 

Durante pesquisas em laboratório, os pesquisadores fizeram uso de uma máquina para simular os diferentes tamanhos de gotículas que saem da boca de uma pessoa quando ela fala, tosse ou espirra. Foi avaliada a capacidade que dez tipos de tecido têm de filtrar essas partículas.

O algodão apresentou o melhor desempenho, filtrando, em média, 64% das gotículas menores e 82% das maiores. Já o cetim, por exemplo, foi menos eficaz, conseguindo segurar apenas 14% das partículas menores e pouco mais da metade das maiores. Os pesquisadores americanos também analisaram a combinação de tecidos e a sobreposição de camadas. A conclusão é que dá para fazer uma máscara tão eficiente quanto à usada pelos profissionais de saúde.

Segundo a médica infectologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Adielma Nizarala, qualquer cidadão pode fazer a sua em casa, de preferência, que o material seja 100% algodão.

A especialista destaca que, diante da falta de insumos descartáveis, é essencial que as pessoas produzam suas próprias máscaras caseiras e façam uso todas as vezes que saírem de casa. “Até quem não tem muita habilidade pode buscar vários tutorais na internet e fabricar. Uma camiseta velha de algodão e elásticos são os materiais necessários para confecção dos equipamentos de segurança que precisam ser utilizados nesse momento da pandemia”, reforça.

Tamanho ideal

Com relação ao tamanho, a médica explica que a máscara precisa ficar justa e isolar o rosto, do nariz ao queixo. “É preciso uma certa vedação para inibir a passagem de gotículas, tanto parte frontal quanto nas laterais. Depois de acoplada, não pode mais ser tocada, nunca deve ficar de suporte na barba, na orelha, ser jogada, tirada e recolocada. O ideal é trocar de quatro em quatro horas, exceto se sujar ou molhar”, orienta.

A infectologista destaca ainda que, na hora da confecção, o ideal é utilizar o elástico, e não fitas para amarrar a máscara. “O elástico é bem mais higiênico e requer menos manuseio. Já com os lacinhos, precisamos amarrar e tocamos mais na máscara, o que aumenta o risco de contágio”, destaca.

A retirada do equipamento de proteção também exige cuidados. A recomendação da especialista é que, ao entrar em casa, as pessoas de imediato retirem as máscaras pelas laterais, coloquem para lavar e lavem bastante as mãos com água e sabão. “Essa também é uma conduta importante e que precisa ser adotada”, frisa.

Econômicas

As máscaras caseiras de algodão são reutilizáveis, desde que higienizadas após o uso. Para lavar, basta água e sabão. As brancas podem ficar de molho por 10 minutos, em solução de hipoclorito de sódio. Depois de lavadas, devem secar ao sol.

De acordo com a especialista, o uso deve ser combinado com outras medidas de proteção como higienizar as mãos, manter distância de pessoas com sintomas e praticar a etiqueta respiratória: ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço, de preferência descartável. Em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos.