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Gestão

Presidente da Gerdau diz estar na iminência de fazer demissões

A decisão será por conta do cenário atual que a indústria do aço vive no País, diz Gustavo Werneck

28/09/2023 09h13

Foto: Divulgação 

O presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou que a companhia está sob a iminência de promover demissões por conta do cenário atual que a indústria do aço vive no País. A fala foi feita durante o 33º. Congresso Aço Brasil, realizado na quarta-feira, 27, em São Paulo.

O executivo avaliou o momento atual em que a indústria siderúrgica brasileira vive, apontando que o forte aumento no volume do aço importado, sobretudo da China, vem prejudicando a produção brasileira. Werneck acrescentou que a Gerdau já tem 600 trabalhadores em suspensão temporária do contrato de trabalho por conta da redução da produção na empresa.

“Se não forem tomadas decisões por parte do governo nos próximos 30 dias sobre o aumento da tarifa de importação, a situação ficará preocupante. É preciso a adoção de ações urgentes para que a tarifa suba 25%, ou então teremos muita dificuldade”, afirmou o executivo.

De acordo com Werneck, a Gerdau já tem duas plantas, uma no Ceará e outra em São Paulo, que estão paralisadas.

O diagnóstico do presidente da Gerdau foi acompanhado pelo presidente da ArcelorMittal Brasil e presidente do conselho diretor do Instituto Aço Brasil, Jefferson De Paula, que confirmou a possibilidade de problemas sociais caso o cenário se mantenha.

“Vamos produzir 1,3 milhão de toneladas de aço a menos por causa do cenário atual de importações. A nossa capacidade está entre 15 milhões a 16 milhões de toneladas, mas vamos produzir menos. Se o cenário continuar igual, haverá um problema social no País”, afirmou De Paula.

Reforçando a gravidade do assunto, o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, afirmou que a decisão do governo de antecipar o fim do desconto de 10% na alíquota de importação de 12 produtos siderúrgicos foi “inócua”.

O executivo comparou a taxa de importação do Brasil em relação a países como Estados Unidos, México e União Europeia, onde a tarifa é de aproximadamente 25%, segundo aponta a entidade.

Fonte: Estadão Conteúdo