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Sustentabilidade

Projetos sustentáveis na Amazônia terão fundo de até US$ 1 bi

O BID vai selecionar iniciativas que promovam atividade inclusivas e estimulem 'bioeconomia'

18/03/2021 17h05

Foto: Marcelo Camargo

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou nesta quinta-feira (18) a criação de um fundo para desenvolver projetos sustentáveis na Amazônia. De acordo com a instituição, o objetivo do fundo é promover atividades econômicas inclusivas e sustentáveis ​​que estabelecem as bases para uma economia local baseada em ativos florestais, biodiversidade e baixas emissões.

O dinheiro também deverá ser usado para estimular a "bioeconomia" e promover instrumentos financeiros inovadores que atraiam investimentos de forma sustentável para a região amazônica.

O presidente do BID, Mauricio Claver-Carone, informou que o fundo terá dotação inicial de US$ 20 milhões para cooperação técnica e elaboração de projetos. A expectativa é de que o montante a ser emprestado para os projetos sustentáveis na região alcance o patamar de US$ 1 bilhão. “Estamos falando com alguns países europeus que se interessaram", declarou.

O executivo informou ainda que o fundo é apoiado por sete dos nove países da região amazônica. Ficaram de fora a Guiana Francesa e a Venezuela.

“Responsabilidade climática com crescimento econômico não são conflitivos. Ao contrário, essas políticas agregam o crescimento econômico. Essa é a filosofia dessa iniciativa. Por isso, é importante contar com o apoio governos diversos, com diferentes tendências políticas e ideológicas. Não há conflito entre crescimento econômico e política responsável para o clima”, disse o presidente do BID.

Até outubro de 2020, outra iniciativa para investir em projetos sustentáveis na região amazônica – o Fundo Amazônia – tinha R$ 2,9 bilhões em recursos paralisados, à espera da solução de um entrave entre o governo brasileiro e os países europeus que aportam a maior parte das verbas.

Após registrar, em 2020, o segundo pior ano de desmatamento na Amazônia Legal desde 2015, com um total de 8.426 km², segundo dados Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), os números mostram um recuo dos alertas nos dois primeiros meses deste ano.