19/11/2023 08h25
Foto: Divulgação
A demanda por etanol de segunda geração (2G) já é maior do que aquilo que a Raízen consegue atender, disse o presidente da companhia, Ricardo Mussa. O executivo destacou que o produto tem apresentado boas margens e preços, além de opções de contratos de longo prazo, sobretudo quando destinado à produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF), plásticos e polímeros.
“Hoje os prêmios são muito bons. Se não tivéssemos nenhuma limitação, estaríamos construindo mais plantas”, afirmou Mussa, ao participar de coletiva de imprensa sobre os resultados financeiros da companhia no segundo trimestre da safra 2023/2024.
“A vontade é sempre fazer mais, mas temos que ter o pé no chão”, complementou o executivo, em referência à capacidade financeira e de pessoal da Raízen.
Ricardo Mussa, CEO da Raizen - Foto: Divulgação
Ao todo, a empresa tem quatro plantas de etanol 2G em construção, além de mais dois projetos já anunciados e que ainda terão as obras iniciadas. Duas plantas têm início de operação previsto para 2024.
A companhia iniciou em outubro a operação da maior usina de etanol 2G do mundo, o Parque de Bioenergia Bonfim, na cidade de Guariba (SP).
O investimento no projeto foi de R$ 1,2 bilhão e a capacidade de produção é de 82 milhões de litros por ano. É a segunda usina de etanol 2G da companhia. A primeira fica no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, em Piracicaba (SP).
Mussa ressaltou ainda que o etanol 2G tem conseguido capturar bons prêmios sobretudo no mercado europeu.
“É um produto que vem de um resíduo, é um biocombustível avançado, ou seja, ele não compete com o alimento”, explicou
Raízen vê janela aberta para importação de diesel
Mussa comentou também sobre o cenário do mercado de diesel. Disse que a janela para importação do combustível está aberta, em meio à redução dos preços internacionais.
O executivo afirmou, no entanto, que as decisões sobre o aumento das importações vão depender do comportamento da Petrobras, a principal supridora do mercado brasileiro.
Segundo Mussa, a Raízen está buscando se aproximar da estatal em contratos de longo prazo. “Tomamos a decisão de estarmos mais próximos da Petrobras”, disse.
Fonte: epbr